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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Com o friozinho que está passando por Curitiba desde sábado (2), nem parece que ainda na semana passada o calor atingia temperaturas recordes na capital. E aquele calorão todo fez com o mês de janeiro de 2019 fosse o mais quente desde 1998, quando o Simepar começou acompanhar o tempo na cidade. De acordo com o Simepar, a média de temperaturas máximas do mês ficou 30,4ºC. A data que mais contribuiu para essa média foi 30 de janeiro, quando a capital registrou o recorde de 35,9ºC, o dia mais quente já registrado pelo instituto.

Janeiro de 2019 superou inclusive a média das máximas do mesmo mês em 2014, que foi de 29,8ºC e agora é a segunda colocada no ranking. E, segundo o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, o motivo para o calor deste ano é similar ao de cinco anos atrás. “A explicação é uma junção entre as massas de calor que passaram pela cidade, com a ausência de chuvas e o fenômeno das ilhas de calor”, pontua.

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As formações das massas de calor, diz o meteorologista, ocorreram no próprio estado do Paraná, mas tiveram uma contribuição dos ventos quentes vindo do Norte do Brasil, da região Amazônica. Já a umidade, que poderia ter formado chuvas na capital, ficou retida na região da Cordilheira dos Andes. “Choveu muito por lá, e pouco por aqui. Isso ajudou o calor a se manter até a noite ao longo de vários dias”, relembra.

De acordo com Kneib, as ilhas de calor ocorrem quando há muita urbanização do espaço. Isso gera pouca presença de árvores e espaços verdes, que são fundamentais para regular a temperatura da superfície. Já o concreto e outras substâncias encontradas nas cidades fazem com que o calor se intensifique, porque a energia fica toda contida na superfície, e não consegue penetrar o solo, por exemplo. Então o especialista acrescenta que um bom passo para ajudar a ter uma residência mais fresca pode ser ter um jardim no entorno: “Ter um espaço verde sempre ajuda. Até para quando chove bastante, quando essa área consegue escoar a água, por exemplo”.

Para efeitos de comparação, Kneib cita as temperaturas de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Apesar de estar muito próximo da capital, o município tem mais áreas arborizadas. Isso fez com que, apesar de o calor ainda ter aparecido, ele se mantivesse um pouco mais contido: a média de temperaturas máximas de Pinhais em janeiro foi de 29,8ºC.

O que esperar de fevereiro

O mês que está começando também deve ter altas temperaturas. Mas, ao que parece, não tão altas quanto janeiro. “Podemos observar que Curitiba e região estão sob influência de outro tipo de massas de ar. Toda a primeira quinzena vai ter muita umidade do Oceano, o que mantém as temperaturas mais baixas. Porém, ainda não há como prever com exatidão como deve ser a última quinzena - quando poderá até mesmo voltar o calorão.

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