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Aluna entra no Colégio Estadual do Paraná na manhã desta terça: parte dos professores foi às escolas mesmo com a greve.
Aluna entra no Colégio Estadual do Paraná na manhã desta terça: parte dos professores foi às escolas mesmo com a greve.| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

Após reunião com representantes do governo do estado na noite de segunda-feira (24), foram suspensas as paralisações e operações padrão da Polícia Civil no Paraná. Desta maneira, as delegacias vão funcionar normalmente nesta terça-feira (25). Já nas escolas da rede estadual, parte dos professores foi trabalhar normalmente nesta terça, mesmo com a greve dos servidores estaduais convocada.

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A paralisação da Polícia Civil e de outros servidores estaduais foi desmobilizada após um pedido do governo do estado para que todos os servidores públicos aguardem uma proposta a ser feita no prazo de quatro dias. Na manhã desta terça, o governo Ratinho Jr vai se reunir com os secretários estaduais para definir essa proposta.

Dentro dos protestos de greve geral dos servidores estaduais, o atendimento ao público nas delegacias seria somente na parte da tarde nesta terça. De manhã, os delegados, investigadores, escrivães e peritos iriam participar do ato de greve a partir das 9h em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico de Curitiba. Desta maneira, não haveria atendimento ao público de manhã.

No entanto, após o governador prometer uma reunião com a Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Adepol-PR) na semana que vem, os servidores resolveram normalizar o atendimento nas delegacias na manhã desta terça-feira.

“É um voto de confiança. Esta será a primeira vez que a classe vai se encontrar frente a frente com o governador e a última. Se caso ele estiver blefando nós agiremos em seguida até conseguir o que é justo", ressalta o presidente Adepol-PR, o delegado Daniel Fagundes.

Na segunda-feira, os policiais civis foram a primeira classe de servidores a se mobilizar. No começo da tarde, eles saíram em carreata com aproximadamente 50 viaturas do Parque Barigui ao Palácio Iguaçu para cobrar do governador Ratinho Jr melhores condições de trabalho. Eles chegaram a guinchar viaturas sucateadas e que tiveram os consertos superfaturados. A própria Polícia Civil investiga este superfaturamento nas oficinas mecânicas dentro da Operação Peça Chave.

PM

Com a negociação aberta com o governo, a Polícia Militar (PM) também trabalha normalmente nesta terça. Nenhuma das entidades que representam os praças e os oficiais da corporação havia prestado apoio oficial a nenhum tipo de paralisação dos PMs. Entretanto, em entrevista segunda-feira, o presidente da a Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Paraná (Assofepar), o coronel Izaias de Farias, não havia descartado  atos nos quartéis.

O risco era de familiares dos policiais militares, em especial as esposas, além de policiais da reserva, fizessem piquetes nas portas dos quartéis, impossibilitando a saída das viaturas para as ruas. Entretanto, o policiamento ostensivo está normal em Curitiba e todo o Paraná nesta terça.

Escolas

Nas escolas da rede estadual, parte dos professores foi trabalhar normalmente nesta terça. No Colégio Estadual do Paraná (CEP), em Curitiba, não havia piquete na manhã desta terça. O número de alunos que foi para a aula, entretanto, era pequeno.

Igor Dutra, 17 anos, aluno do terceiro ano do ensino médio, era um deles. Da turma dele, só ele e mais dois colegas foram para a aula nesta terça. "Vou ficar para a aula, mas não sei quantos professores das seis disciplinas que tenho hoje vieram trabalhar", afirma.

Apesar da negociação dos servidores com o governo, a APP-Sindicato, que representa os professores estaduais, mantém a mobilização nesta terça, já que a greve foi uma decisão da categoria.

"A greve foi decidida em assembleia, então só outra assembleia para decidir algo diferente", explica Luiz Fernando Rodrigues, secretário de comunicação da APP.

Conforme a entidade, o comando de greve irá se reunir na tarde desta terça-feira (25) para discutir o prazo extra de quatro dias pedido pelo governador. Se houver entendimento de que o prazo deve ser acatado, o tema será levado para uma nova assembleia dos docentes.

"Se for pra assembleia, será no mínimo em 24 horas, porque é preciso respeitar os prazos estabelecidos em lei, aguardar a vinda dos professores do interior", ressalta o secretário.

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