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Sem orientação sobre riscos, dona de imóvel que explodiu acendeu fogão durante impermeabilização
| Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná

Uma das vítimas da explosão em um apartamento no Água Verde em junho, Raquel Lamb afirmou, em depoimento à Polícia Civil, que o acidente ocorreu logo depois que ela acendeu o fogão enquanto a impermeabilização do sofá era realizada em sua casa. Já o marido dela, Gabriel Araújo, também em depoimento, relatou que não recebeu a devida orientação de segurança da Impeseg, empresa que fez o procedimento no móvel.

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O casal segue internado no Hospital Evangélico Mackenzie, local em que foi tomado o depoimento pelo delegado Adriano Chofhi, da Delegacia de Explosivos. Armas e Munições (Deam). No acidente, um menino de 11 anos, Mateus Lamb, irmão de Raquel, foi arremessado do sexto andar e morreu. Os depoimentos foram divulgados pelo telejornal Boa Noite Paraná, da RPC, nesta terça-feira (16).

À polícia, Raquel relatou que estava na cozinha e iria preparar um café. Ela então acionou o fogão, sentiu a explosão e caiu dentro do apartamento com o impacto. A suspeita é de que o produto usado para a impermeabilização do sofá criou uma “nuvem” dentro do apartamento, que, com o acionamento do fogão, gerou a explosão.

Já Araújo relatou no depoimento que em nenhum momento o técnico Caio Santos, que também segue internado, solicitou que os moradores deixassem o local. Segundo ele, também não foi mencionado o risco que o serviço oferecia, caso fosse acionado algum interruptor e também que não foi questionado sobre quantas pessoas estavam na casa.

A advogada do casal, Rafaela Munhoz da Rocha Lacerda, disse, à RPC, que Araújo ficou em contato com representantes da empresa Impeseg via celular. “O Gabriel perguntou como era o procedimento, a pessoa da empresa que atendeu disse que o produto era importando e em nenhum momento mencionou os riscos”, afirmou. O laudo técnico do apartamento mostrou que o sistema de gás, tanto do fogão quanto do aquecedor, não apresenta vazamentos.

A defesa da Impeseg não quis se manifestar sobre os depoimentos.

Novos depoimentos

A Delegacia de Explosivos, Armas e Munição (Deam), que investiga o caso, ouvirá agora Caio Santos, na próxima quinta-feira (18), no Hospital Evangélico Mackenzie. A polícia também espera ouvir outros funcionários da empresa Impeseg ainda nesta semana.

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