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Cristiane Alexandre Girke | Arquivo da família
Cristiane Alexandre Girke| Foto: Arquivo da família

Cristiane Alexandre Girke nunca gostou de ficar parada. Começou a trabalhar ainda muito jovem para se tornar uma mulher independente. Durante a juventude, Ane, como era mais conhecida, atuou em uma empresa de navios e em uma ótica em Paranaguá, no Litoral do Paraná, onde nasceu. Conheceu o marido Evaldo quando tinha apenas 16 anos. Aos 21, eles se casaram e veio o primeiro presente: Ane estava grávida de Kevin. Cinco anos mais tarde, o casal ainda teve uma nova surpresa: a chegada de Maysa, a filha mais nova.

A vida em família fez com que ela se afastasse um pouco do campo profissional, mas sua vontade de ser independente nunca diminuiu. Depois de casada, começou a vender roupas em casa. Como amava comprar, decidiu que iniciar no ramo de vendas era o melhor caminho para ganhar seu próprio dinheiro. Era o velho ditado posto em prática. Conseguiu unir o útil ao agradável. Em casa, sua grande busca era pela perfeita organização. Seus objetos tinham de estar sempre em ordem para que ela ficasse satisfeita. A mania de limpeza também era marcante em sua vida; herdado o espírito perfeccionista de sua mãe, Maria. Elas cuidavam dos cômodos de casa até que tudo neles ficasse impecável.

Ane com seu marido e os dois filhos.Arquivo da família

Ane era a mais velha e tinha dois irmãos, Claudio e Rafaela. Protetora, sempre quis estar por perto dos dois. Como dividiam o quarto, a proximidade com Rafaela começou desde cedo. Com o passar dos anos, a diferença de 14 anos entre as duas foi sendo deixada de lado e a amizade só foi aumentando. “Ane sempre foi um espelho para mim. Com ela, eu aprendi a me vestir e a ser vaidosa”, conta a irmã. O apoio que sempre deu aos irmãos era um dos traços mais marcantes dessa relação. Quando Rafaela ficou grávida de seu primeiro filho, correu para contar para Ane. A notícia da chegada do sobrinho foi uma das mais felizes de sua vida.

Ela também mantinha muitos laços de amizade. Seu programa favorito era ir às pizzarias em Paranaguá –sempre acompanhada dos seus grandes amigos. Tinha paixão pelas piscinas e pela Ilha do Mel. Quando podia, visitava o local. Ane era conhecida por sua presença marcante; não tinha quem não a percebesse quando chegava. Sempre muito alegre, gostava de deixar sua marca por meio das brincadeiras. Se visse um grupo tirando fotos, corria para aparecer no clique de alguma forma. Se divertia muito quando conseguia “enfeitar” o retrato.

Ane com sua mãe, irmã, tias e primas.Arquivo da família

Outro traço de sua personalidade era a vontade de ajudar. Não gostava de encontrar ninguém passando necessidades. Sempre preocupada, juntava cobertores e agasalhos para distribuir pela cidade. A fé dela em Nossa Senhora do Rocio levou muito de seus amigos para a igreja. Sua crença inabalável chamava a atenção, pois esteve firme mesmo nos momentos mais difíceis de sua vida. Fazia questão de estar sempre presente nas missas da padroeira. As músicas cantadas na igreja eram uma de suas alegrias na vida. Se acalmava quando ouvia os cânticos religiosos. A fé foi ainda mais importante quando descobriu, em 2008, que estava com leucemia. Lutou e buscou apoio em Nossa Senhora do Rocio, para que pudesse ver os filhos crescerem. Durante o período de tratamento, no qual estava com a saúde muito abalada, não deixou de participar das celebrações.

Serviço

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As informações constantes na relação de falecimentos são fornecidas pelo Serviço Funerário Municipal. Fone: 3324-9313.

Para ajudar no tratamento, aumentou ainda mais sua rede de amigos e aprendeu a produzir “porquinhos” para guardar moedas. A venda dos cofrinhos garantiu não só a ajuda para seu tratamento, mas fez a história de Ane ficar conhecida em toda a cidade litorânea. “Não tinha quem não conhecesse seus porquinhos”, conta Rafaela. A fama serviu também para difundir a doação de medula na região, o que se tornou um dos grandes legados de Ane.

Desde que recebeu o diagnóstico, ela passou por inúmeros processos para se recuperar. A busca por um doador de medula óssea compatível terminou em 2013. Meses depois, recebeu o transplante do material vindo diretamente da Alemanha. O procedimento, porém, não foi suficiente para se curar. Descobriu que a leucemia tinha retornado em fevereiro de 2014. Desde então buscava alguma alternativa para conter o avanço da doença. As complicações durante o tratamento abreviaram a história de Cristiane. Deixa a mãe, o marido, dois filhos, dois irmãos, sobrinhos, tios, avó, familiares e muitos amigos.

Dia 31 de maio, aos 43 anos, de leucemia, em Curitiba.
Colaborou: Getulio Xavier.

Lista de falecimentos - 21/06/2015

Alisson Andrey do Nascimento, 32 anos. Profissão: auxiliar. Filiação: Francisco Alexandre do Nascimento e Lourdes Gomes de Lima. Sepultamento ontem.

Antônia da Silva Dario, 83 anos. Profissão: do lar. Filiação: Carlos da Silva e Joana Rodrigues. Sepultamento ontem.

Aparecida Rodrigues da Silva, 51 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Rodrigues da Silva e Maria Rodrigues Borges. Sepultamento ontem.

Cristiano José de Freitas, 39 anos. Profissão: auxiliar de expedição. Filiação: José Cunico de Freitas e Regina Cunico de Freitas. Sepultamento hoje, no Cemitério Paroquial São Marcos, saindo da Capela Municipal São Francisco de Paula - 01.

Dionizia Maria Campos Cassu, 87 anos. Profissão: do lar. Filiação: João Ferreira Campos e Maria Erminia Campos. Sepultamento ontem.

Dirce Franca, 61 anos. Profissão: caixa. Filiação: Carlos Pinto de Franca e Dolores do Rosário Franca. Sepultamento ontem.

Edervige Fachin, 84 anos. Profissão: religiosa. Filiação: Caetano Fachin e Eldia Muraro. Sepultamento ontem.

Eraldo da Silva, 80 anos. Profissão: funcionário público estadual. Filiação: Izaias da Silva e Izabel Esperanca da Silva. Sepultamento ontem.

Estanislava Tabis de Almeida, 88 anos. Profissão: do lar. Filiação: Estanislau Tabis e Regina Mesenha. Sepultamento ontem.

Geraldo Simão da Silva, 68 anos. Profissão: cobrador de ônibus. Filiação: Joaquim Abílio da Silva e Sebastiana Vangelote da Silva. Sepultamento ontem.

Goro Assano, 84 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Gihachi Assano e Sode Assano. Sepultamento ontem.

Laurinda Modesta da Cruz Campos, 88 anos. Profissão: do lar. Filiação: Laurindo Modesto da Cruz e Zulmira Liria da Silva. Sepultamento ontem.

Lazinho Dias dos Santos, 76 anos. Profissão: pedreiro. Filiação: João Dias dos Santos e Sizarina Ferreira da Silva. Sepultamento ontem.

Luiz Eduardo da Silva, 50 anos. Profissão: assistente. Filiação: Dirceu Alves da Silva e Ieti Fonseca da Silva. Sepultamento ontem.

Luíza Dallavalle, 89 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Dallavalle e Judith Crovador. Sepultamento ontem.

Margarida Batista Deniz, 80 anos. Profissão: do lar. Filiação: Francisco Batista Deniz e Adelaide Cândida dos Santos. Sepultamento ontem.

Maria Clara Sousa Mesquita, 3 meses. Filiação: Felipe Martins Mesquita e Maria de Jesus Sousa dos Santos. Sepultamento ontem.

Maria de Lourdes Correa de Lima, 68 anos. Profissão: do lar. Filiação: Maria das Dores Correa de Lima. Sepultamento hoje, no Cemitério Municipal de Tijucas do Sul, saindo da Capela da Associação do Bairro Alto Boqueirão.

Miguel Rafael Minarini Macedo, 18 horas. Filiação: Diego Rafael Macedo e Nicoli Gabriela Minarini da Costa. Sepultamento ontem.

Olivia Anna Lugarini Ferrario, 94 anos. Profissão: do lar. Filiação: Himerio Lugarini e Maria Strapasson Lugarini. Sepultamento ontem.

Ondina Constante Pereira, 69 anos. Profissão: do lar. Filiação: Andrelino Barbosa e Emília Gesser Barbosa. Sepultamento ontem.

Orlanda Antunes Teixeira, 56 anos. Profissão: do lar. Filiação: Alcibiades Antunes Teixeira e Maria Eloina Franco de Morais. Sepultamento ontem.

Paulo Posse, 76 anos. Profissão: comerciante. Filiação: Ricardo Posse e Maria de Souza. Sepultamento ontem.

Valda Maria Ferreira Mello, 71 anos. Profissão: do lar. Filiação: José Israel Ferreira e Maria de Lourdes Fraga. Sepultamento ontem.

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