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José Colombino Grassano.
José Colombino Grassano.| Foto: Arquivo pessoal

José Colombino Grassano nasceu em 12 de outubro de 1926, em Itamogi, Minas Gerais, e teve uma passagem por Curitiba, mas foi no interior do Paraná que seu destino reservava coisas grandes. Terceiro de nove irmãos, filho de Antônio Grassano e Ismenia Antoniolli Grassano, teve uma vida longa e faleceu aos 93 anos, no dia 5 de agosto, de insuficiência cardiorrespiratória em sua casa, em Arapongas.

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Em busca de oportunidade, a família mudou-se para Londrina em 1947, e o jovem Colombino, com apenas 21 anos, veio pouco depois para Curitiba, onde trabalhou como locutor esportivo na Rádio Guairacá. Com o trabalho no rádio custeou os estudos na faculdade de Direito. Retornou ao Norte do Paraná, na cidade de Arapongas.

Começou lá a carreira profissional na função de oficial maior no cartório de seu pai. Aos 29 anos foi eleito prefeito de Arapongas, o 3° prefeito desde a criação do município. Exerceu o cargo de 1955 a 1959 e buscou deixar sua marca na cidade como construtor, focando na infraestrutura do município com o asfaltamento das principais ruas da cidade e a rede de esgoto, algo incomum na década de 50.

Reeleito em 1963, no segundo mandato instalou o Parque Industrial Moveleiro de Arapongas, um dos maiores do país, e atraiu grandes indústrias. Entre seus legados para a cidade estão o primeiro ginásio de esportes do interior do país e a Santa Casa de Misericórdia. Bem humorado, denominou Arapongas a “Cidade dos Passarinhos” colocando o nome de pássaros em todas suas ruas porque entendia que era um marketing para o município.

Seguiu em cargos públicos ao trabalhar no Governo Moysés Lupion como secretário de Educação e Cultura e secretário do Interior e Justiça e no Governo Paulo Pimentel como secretário-chefe da Casa Civil. Ainda na política, foi eleito deputado estadual por dois mandatos, exercendo a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e nunca recebeu questionamentos sobre sua conduta. Foi invicto nas urnas e suas campanhas eram alimentadas por otimismo e voluntariado de seus correligionários.

Como empresário, fundou em 1969 a concessionária Aravel e atuou também como agropecuarista. Era torcedor do Palmeiras, devoto de Santo Antônio, amava ler, viajar, conhecer novos lugares. Mesmo com idade avançada, era entusiasta das novidades tecnológicas, gostava também da agitação de Balneário Camboriú e estava sempre a par de tudo que acontecia no Brasil e no mundo.

Viveu até o fim seu lema “quem não serve para servir, não serve para viver”. “Mesmo longe da política nunca deixou de ajudar qualquer pessoa que se aproximasse pedindo um conselho ou um favor. Se estivesse ao seu alcance, não mediria esforços até conseguir resolver a situação daquela pessoa”, conta o filho José Ricardo.

“Seu legado são os valores morais, a honestidade, o valor da palavra dada, o desejo de ajudar sem esperar vantagens em troca, o prazer de fazer as coisas bem feitas, a união da família. Com certeza Deus o chamou porque tinha cumprido sua missão, mas o ‘Bisa Colombino’ estará sempre vivo no coração de seus familiares”, relata a filha Silvia.

Viúvo de Maria Hilda Santiago Grassano, casou-se novamente com Ana Sinhorini R. Ferreira. Deixa esposa, quatro filhos, dois enteados, genros, nora, oito netos e 14 bisnetos.

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