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Marcelo Motta Vieira fez do jornalismo sua grande paixão.
Marcelo Motta Vieira fez do jornalismo sua grande paixão.| Foto: Arquivo pessoal

Marcelo Motta Vieira se descrevia como jornalista, blogueiro, colunista político e, nas horas vagas, campeão brasileiro de futebol de botão. Apesar da paixão pelo jogo, o amor pela notícia e pela palavra escrita sempre estiveram em primeiro lugar. Nascido em 31 de janeiro de 1964, filho de Paulino Vieira e Odette Motta Vieira, Marcelo tinha veia empreendedora e sabia tornar suas ideias realidade. Faleceu no dia 6 de setembro, vítima da Covid-19.

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No meio de seus três irmãos – Paulo, Lucianita e Maurício -, desde cedo se interessou pelos clássicos da Literatura, uma bagagem cultural que o formou como empresário e carregou por toda a vida. Não se importou com títulos, diplomas, cursos formais. Fez da sua boa formação escolar o trampolim para aspirar mais do que a formalidade.

Muito jovem começou a tarefa de criar conceitos. Criou e administrou a redação de um fanzine, o Aerotantã. Antes dos 30 anos já havia acumulado experiência para desenvolver projetos ambiciosos e conseguia tornar cada um deles um fato novo no jornalismo curitibano. Depois do Aerotantã, vieram o jornal Primeira Edição e o primeiro Guia de Restaurantes de Curitiba.

No currículo constava uma matéria investigativa sobre as irregularidades no sistema de transportes de Curitiba para a Vejinha. A publicação mostrava as perigosas relações entre empresários, vereadores e poder público. Logo depois foi convidado para coordenar a reforma gráfica do Jornal do Estado, atual Bem Paraná, e tornou-se editor-executivo do veículo.

Fundou e coordenou a revista Capital e foi um dos pioneiros na nova "blogsfera". Conquistou o respeito de empresários, políticos, da sociedade formadora de opinião com seu blog de Economia e Política. Entre seus empreendimentos esteve a empresa Tempo, uma precursora das assessorias de comunicação, e a revista Carga e Cia, onde se especializou em logística. Com a grande repercussão da publicação, Marcelo foi convidado por empresas multinacionais a conhecer sedes de montadoras na Europa.

Mamotta, como era chamado por pessoas próximas, acreditava no amor e cultivou inúmeras amizades. “Marcelo nunca foi comedido em nada. Quando comia, comia muito. Quando bebia, nunca era pouco. Era um inconformista. Não se ajustava nem às exigências legais… um jornalista talentoso, perfeccionista, brilhante mesmo”, diz Franco Iacomini, parceiro de trabalho.

Nos anos 2000, foi convidado a fazer parte da equipe de Comunicação da Sanepar, prestou assessoria para entidades públicas e foi guru de campanhas eleitorais. Divertia-se com os meandros da política. Foi mentor de muitos jovens jornalistas, alguns que se tornaram grandes nomes da imprensa paranaense.

Mais recentemente, fazia parte de uma equipe de Marketing Político, a Menuci e Motta. Até os últimos dias trabalhou para lapidar conceitos de campanha política com seu grande conhecimento enciclopédico.

“Marmotta deixou as pegadas de sua trajetória, como só os queridos dinossauros souberam fazer: as marcas ficarão para sempre. Símbolo de amor à profissão e talento inconformado com a mediocridade. Um gênio que nos deixou cedo demais! Muitos choram sua perda!”, homenageia Ewaldo Arruda Oliveira, jornalista radicado em São Paulo, parceiro de trabalho de Marcelo.

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