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Carteira de agente secreto era usada para extorquir vítima. | Polícia Civil/
Carteira de agente secreto era usada para extorquir vítima.| Foto: Polícia Civil/

Três homens foram presos em flagrante terça-feira (16) em Araucária, região metropolitana de Curitiba, por se fingirem de policiais para intimidar e extorquir uma vítima. Os falsos policiais atuavam para outro homem, também preso, que os contratou para cobrar uma dívida de R$ 12 mil.

Um dos integrantes do grupo usava uma carteira funcional de policial falsa, em que dizia que ele era um agente secreto. Há suspeita de que eles utilizavam a mesma tática em outros casos.

Investigadores chegaram ao grupo depois que a vítima procurou a Delegacia de Araucária denunciando que estava sendo extorquido por policiais. Entretanto, ao conferir as descrições dos agentes, os verdadeiros policiais desconfiaram do golpe. “Como as características do tal policial que procurou a vítima não batiam com nenhum dos nossos agentes, percebemos que havia algo errado e passamos a investigar”, explica o delegado João Marcelo Renk Chagas.

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Ao registrar queixa, a vítima informou que havia agendado um encontro com os golpistas para negociar a dívida. Foi a oportunidade para os verdadeiros policiais desvendarem o mistério. “Esse suposto investigador falou que marcaria o encontro porque se a vítima fosse até à polícia pedir ajuda nada aconteceria”, relata o delegado.

Flagrante

No posto de combustíveis onde o encontro foi marcado, os verdadeiros policiais abordaram o grupo. No carro dos golpistas, a Polícia Civil encontrou um soco inglês com uma lâmina na ponta e dois porretes que eram utilizados para a extorsão. Um dos integrantes do trio portava o documento falso de policial. Na falsa carteira, dizia que ele era integrante da Academia Nacional de Investigações e Segurança - órgão que na verdade não existe. Com este documento, o falso se policial se identificava como agente secreto para a extorsão.

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O homem que contratou os três afirmou que não sabia que eles se fingiam de policial. Disse apenas que os pagou para cobrar uma dívida, a qual, segundo ele, já teria tentado cobrar via advogado. “Pedi ajuda ao único dos três que eu conhecia, mas não imaginava que eles iram ameaçar. Acreditei que só uma conversa resolveria”, disse à polícia.

O delegado, entretanto, afirma que o homem entrou em contradição ao dizer já teria chamado o grupo anteriormente. “Ele disse que, em outros momentos, a ação tinha funcionado e recebido a dívida. Vamos investigar”, disse o delegado, que explica que cobrar dívida não é crime, dependendo da forma como é feito. “Justamente por isso que existem empresas de cobranças e uma forma correta de cobrar alguém que deve para você, não com ameaças e agressões. Se isso acontecer, a pessoa deve sim denunciar, pois é um crime”, alertou.

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