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Falta vacina para trabalhadores da saúde, diz prefeitura de Curitiba
| Foto: Ricardo Marajó/Arquivo SMCS

Duas diferentes estimativas para o número de pessoas que trabalham na área da saúde em Curitiba podem ter atrapalhado a vacinação contra a contra Covid-19. A reclamação é da prefeitura de Curitiba, que alegou nesta sexta-feira (9) não ter recebido doses suficientes para vacinar todo o grupo de trabalhadores da saúde em função das divergências nas estimativas populacionais que constam nos planos de vacinação. A diferença entre uma estimativa e outra chega a quase 30 mil pessoas.

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No plano estadual de vacinação, que é elaborado pelo governo do Paraná a partir das estimativas populacionais enviadas pelo Ministério da Saúde, há uma estimativa de 60.332 trabalhadores da saúde em Curitiba. Já no plano municipal de Curitiba, a prefeitura fez outra estimativa: seriam 89.801 pessoas. Até a última quarta-feira (7), segundo a prefeitura, foram vacinados 60.481 profissionais de saúde. Ou seja, considerando a estimativa da prefeitura, ainda faltam quase 30 mil pessoas.

Procurada nesta sexta-feira (9), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforçou que as estimativas populacionais são feitas pelo Ministério da Saúde. Quando o governo estadual recebe as doses do Ministério para distribuir aos municípios, elas já chegam ao Paraná com um “descritivo de quais grupos devem receber, de acordo com a estimativa deles”.

No plano nacional de vacinação, consta que o governo federal utilizou duas fontes para estimar quantos trabalhadores da saúde existem em cada cidade brasileira. O número de trabalhadores da saúde entre 18 e 59 anos foi retirado dos dados preliminares da Campanha de Influenza de 2020; já o número de trabalhadores da saúde com mais de 60 anos foi retirado do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

No final da tarde desta sexta-feira (9), a Gazeta do Povo questionou a prefeitura de Curitiba sobre qual é a fonte utilizada no plano municipal de vacinação para estimar o número de trabalhadores da saúde e ainda aguarda um retorno.

De acordo com o a prefeitura, já há negociação em andamento com o Ministério para que haja o envio de mais doses para os trabalhadores da saúde. “O prefeito [Rafael Greca] fez uma reunião virtual com o novo ministro [Marcelo Queiroga] para fazer esse apelo e o ministro se comprometeu a analisar os dados para resolver essa divergência na estimativa populacional”, disse a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

Em Curitiba, os trabalhadores da saúde fazem parte da primeira de três fases do grupo prioritário. No plano municipal de vacinação, há 12 subgrupos dentro do grupo de trabalhadores dos serviços de saúde.

São eles: (1) aplicadores da vacina; (2) trabalhadores de hospitais de referência para Covid-19, de serviços de urgência e emergência e da vigilância sanitária, e dos Centros de Atenção Psicossocial; (3) trabalhadores de outros estabelecimentos hospitalares; (4) trabalhadores de estabelecimentos privados de pronto atendimento e hemocentro; (5) trabalhadores de laboratórios que processam testes de Covid-19; (6) trabalhadores de saúde que atuam em serviços de saúde; (7) trabalhadores de setores administrativos de serviço de saúde e doulas; (8) trabalhadores do sistema funerário e do Instituto Médico Legal; (9) trabalhadores da Guarda Municipal que atuam em unidades de saúde; (10) trabalhadores de saúde dos laboratórios de análises clínicas; (11) estudantes dos últimos anos de cursos na área da saúde, em estágio vigente nos serviços de saúde; (12) e trabalhadores de serviços ambulatoriais e hospitalares, públicos e privados, que se encontram afastados ou em teletrabalho por fatores de risco à Covid-19.

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