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Litoral é a principal área de foco do governo para evitar avanço da febre amarela. | Diogo Pracz de Oliveira/Sesa
Litoral é a principal área de foco do governo para evitar avanço da febre amarela.| Foto: Diogo Pracz de Oliveira/Sesa

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) fechou nesta quarta-feira (30) por tempo indeterminado todos os parques do Litoral como medida para prevenir novos casos de febre amarela. As Unidades de Conservação haviam sido fechadas inicialmente por 15 dias, mas após a confirmação de circulação do vírus na zona rural de Antonina, o IAP decidiu pela prorrogação.

Pesquisadores e outros profissionais que precisem entrar nos parques terão acesso somente com a apresentação da carteirinha de vacinação com a comprovação de que foram imunizados contra a febre amarela.

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Como forma de evitar o avanço da doença, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná informou também nesta quarta-feira que enviou um reforço de doses de vacinas contra a febre amarela às 22 Regionais e abasteceu todas as unidades de saúde. Segundo a Sesa, há um estoque estratégico de 300 mil doses para qualquer eventualidade.

O foco principal do governo é a vacinação nos sete municípios da 1.ª Regional (Litoral) e nos 29 da 2.ª Regional (Região Metropolitana de Curitiba). Na última terça-feira (29), o primeiro caso de febre amarela no estado foi confirmado. A doença acometeu um jovem de 21 anos em Antonina. Ele nunca havia sido vacinado contra a doença e está internado no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, com sintomas leves. Na sexta-feira (25), já havia sido confirmado que a febre amarela causou a morte de três macacos na região.

A Sesa alerta que a população com maior risco à exposição ao vírus é a que reside em áreas rurais, de matas e silvestres. Mesmo assim, defende que não há motivo para preocupação. “O grande número de notificações não deve assustar a população, porque revela que o trabalho de vigilância está sendo feito”, afirmou o diretor do Centro Epidemiológico do Paraná, João Luís Crivellaro, à Agência de Notícias do Paraná.

O medo da febre amarela criou uma corrida aos postos de saúde no Litoral. Em Antonina, o número de doses aplicadas aumentou em 45 vezes de uma semana para outra. Somente na última segunda-feira (28),900 pessoas foram vacinadas contra a febre amarela na cidade. Outras cidades do Litoral também estão realizados mutirões. Em Pontal do Paraná, por exemplo, as unidades de saúde estão atendendo até 22h.

Vacinação

A Sesa informa que devem ser vacinadas todas as pessoas entre nove meses e 59 anos, onze meses e 29 dias. Pessoas com mais de 60 anos e gestantes devem apresentar prescrição médica para se imunizar. Quem já tomou a vacina alguma vez, não precisa repetir a dose. A Sesa alerta para a urgência, já que a dose começa a fazer efeito após dez dias da aplicação.

Sintomas e transmissão

Febre com início súbito é o principal sintoma da doença em pessoas que nunca tomaram a vacina contra a febre amarela ou que tenham feito há menos de 10 dias e que tenham estado em áreas de matas, rios ou áreas de circulação viral comprovada nos últimos 15 dias. Além da febre, outras condições devem estar associadas, como dor de cabeça, náusea, vômitos, dor articular, dor abdominal, dor lombar, icterícia ou hemorragias.

A doença é passada pela picada de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes (febre amarela silvestre) e Aedes aegypti (febre amarela urbana), que carregam o vírus. Os macacos não transmitem a doença e são contaminados da mesma forma que os homens. Os animais acabam sendo sentinelas que podem indicar a presença da doença. Mesmo com suspeitas de contaminação, eles não devem ser mortos.

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