• Carregando...
 | Átila Alberti/Tribuna do Paraná
| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

A pouco mais de um mês para o início da Copa do Mundo, o clima do mundial já tomou conta pelo menos das bancas de revista de Curitiba com o álbum de figurinhas. No entanto, para os colecionadores, o verdadeiro desafio está exatamente em encontrar os cromos pela capital paranaense. O entusiasmo é tanto que é realmente complicado encontrar pacotinhos pela cidade, para o desespero de quem ainda tanta completar suas seleções.

É o caso do supervisor financeiro Guilherme Vichineske, de 33 anos, que iniciou uma espécie de cruzada em busca de figurinhas. Ele conta que foi várias vezes à banca de jornal em busca de figurinhas, mas que está difícil achar uma única figurinha que seja. “Comprei o álbum e ele está praticamente vazio. Mas não é só nesse lugar, não. Fui em outras bancas e realmente está em falta”, explica. “Eu até separei o dinheiro pra comprar determinado valor em figurinhas, mas não tem quem tenha a quantidade. Se até um pacotinho está difícil, imagine mais”.

Veja também: Policiais militares salvam a vida de menino de 9 meses

Do outro lado do balcão, a jornaleira Sônia Santana confirma que não está sendo fácil dar conta da demanda. No ramo há vários anos, ela explica que recebe poucas unidades por parte da editora e que chegou a criar uma lista de espera com o nome dos clientes. Assim que os pacotinhos chegam, ela corre avisar os colecionadores. “Quando chega, eu mando uma mensagem pelo WhatsApp para o pessoal para poder fidelizá-los. De alguma forma, temos que agradar o cliente, né?”, revela. Em tempos de crise, o jeito é garantir o lucro de alguma forma.

Segundo ela, são entre 400 e mil pacotes que chegam à banca toda semana — um total considerado baixo para a enorme demanda existente. E ela não é a única a reclamar disso. Para o presidente do Sindicato de Jornaleiros de Curitiba, Laercio Skaraboto, o problema é fruto da má distribuição. “A demanda é grande e, sim, estamos recebendo mais pessoas em nossa banca, mas o problema está na distribuição da editora, já que alguns lugares da cidade recebem mais figurinhas e outros menos”, aponta. “Nós ficamos tristes, já que essa é uma época de ganhar mais”.

Leia também: Guarda Municipal de Curitiba testa scooters elétricas na patrulha de parques

Em nota, a editora Panini, responsável pelo álbum da Copa e suas figurinhas, informou que são produzidos cerca de 8 milhões de cromos por dia na fábrica e que o “desaparecimento” dos pacotinhos é reflexo do sucesso do álbum em todo o país, mas que “a empresa está trabalhando na reposição dos produtos em todas as regiões”. De acordo com a empresa, a distribuição é realizada de acordo com o histórico de vendas de cada cidade e os distribuidores regionais, por sua vez, enviam os envelopes para as bancas e outros pontos de venda utilizando o mesmo critério.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]