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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou na quinta-feira (6) uma redução no número de mortes na BR-376, entre o Paraná e Santa Catarina, por causa da Operação Serra Segura, que fiscaliza prioritariamente as condições mecânicas de veículos de transporte, principalmente caminhões e carretas. Segundo a PRF, as mortes provocadas por acidentes desde 2014 reduziram de 34 para 21 em 2018.

A operação, que este ano chegou à 100.ª edição, tem a colaboração da concessionária Autopista Litoral Sul, que administra a rodovia. Um dos trechos que mais preocupam as autoridades é o da Curva da Santa, no km 668,5, considerada uma das curvas mais perigosas da América do Sul. A PRF explica que muitos acidentes naquele pedaço poderiam ter sido evitados se houvesse manutenção periódica nos veículos. No trecho, já foi criada uma área de escape, que é importante no caso de veículos sem freios, e que evitou mais de 200 acidentes.

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Neste ano, segundo a PRF, foram fiscalizados 46 caminhões e emitidos 66 autos de infração. Ao todo, 12 veículos foram removidos ao pátio da PRF e outros 18 tiveram os documentos retidos para regularização e posterior vistoria. Ou seja, dos 46 caminhões vistoriados, 30 apresentaram problemas, de acordo com a polícia.

Nos quatro anos de operação no Paraná, mais de 9 mil motoristas de caminhões foram abordados e foram aplicadas mais de 5 mil multas. Já no trecho da BR-376, mais de 2 mil veículos foram inspecionados e a PRF encontrou problemas em 998 caminhões, que estavam com algum tipo de irregularidade grave, principalmente nos freios, onde é o foco do trabalho.

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“Nosso objetivo é conscientizar e trabalhar junto com o caminhoneiro, que é uma das peças importantes da nossa economia. O foco é orientar e é nisso que priorizamos”, explicou Giovanni Bruel, chefe da Seção de Operações da PRF no Paraná.

Além de inspecionar os veículos, a PRF afirma que a multa só vem em último caso. “Justamente porque entendemos que o fator maior de risco é a falta de manutenção, principalmente nos trechos de Serra onde há sobrecarga no sistema. Buscamos a questão educacional, com palestras e até miniaulas além das inspeções”, diz Bruel.

As ações ocorrem somente em locais estratégicos, justamente aqueles que antecedem as curvas mais perigosas. Com o apoio da concessionária, mecânicos são disponibilizados para inspecionar as condições dos veículos, principalmente o sistema de freios. “O que nós buscamos é fazer com que os veículos não trafeguem ‘mais ou menos’, e sim em perfeito estado, simplesmente para aumentarmos o índice de acidentes evitados”, afirma o chefe da Seção de Operações da PRF.

Menos acidentes

Segundo a concessionária, a preocupação com os acidentes vem desde antes de 2014 e isso fez com que os registros de mortes diminuíssem ainda mais. Os dados divulgados, de 2011, mostram que os números de acidentes fatais na rodovia diminuíram de 46 para 21 até novembro de 2018, ou seja, caiu mais da metade.

Desde 2008, a Arteris informou que já investiu bilhões em obras de melhorias e, somente na BR-376, além da área de escape foram construídos sete trevos, passarelas e mais trabalhos que buscavam deixar melhor as condições da via. Além disso, foi instalada iluminação durante o percurso de 30 quilômetros da Serra, onde antes os motoristas não passavam no período da noite por medo. “A iluminação trouxe mais segurança e mais conforto. Percebemos que mais usuários começaram a passar pela rodovia a noite e com menos acidentes”, avaliou André Bianchi, diretor da concessionária Arteris Litoral Sul.

Segundo a concessionária, evitar o acidente é importante não só pelas vítimas, mas também para todos que circulam na rodovia. Para esse trabalho, de fazer com que os motoristas se conscientizem mais, a inclusão de novos radares não está descartada. “Hoje, grande parte dos acidentes que aconteceram na serra são de caminhões que perderam freio. Assim (com a instalação de novos radares), conseguimos ter não só o controle do excesso de velocidade, mas um fluxo constante na velocidade dos caminhões para que evitemos que percam o freio.”

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