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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Após um acordo definir, nesta segunda-feira (16), que o acampamento pró-Lula fosse retirado dos arredores da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, os manifestantes não têm intenção de deixar a região. A permanência se dará em terrenos vazios do bairro – e não na frente das casas nas vias próximas à PF, como ocorre atualmente. As informações são da senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), que afirma que “não é verdade que o acampamento (...) será desmobilizado. (...) Continuaremos, de forma permanente, em frente à Polícia Federal até Lula ter liberdade!”. A frase foi pronunciada por meio do Twitter no fim da tarde desta segunda.

Segundo a senadora, as barracas e cozinhas dos apoiadores do ex-presidente sairão dos atuais locais no Santa Cândida, mas não irão para o Parque Atuba, conforme proposto pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e pela prefeitura de Curitiba, já que o local fica a cerca de 3 km de onde está hoje a vigília. Elas serão realocadas para “em um terreno vazio que tem na quadra do acampamento, retirando-as de frente das casas dos moradores”, disse Gleisi em outra postagem na rede social. Ainda não existem informações exatas de onde fica esse terreno.

Veja os tweets de Gleisi sobre o acampamento

Apesar do documento sugerir aos manifestantes a realocação do acampamento para o Atuba, uma cláusula permite que o grupo acampe em qualquer outro terreno particular - desde que com a autorização do proprietário.

O prazo final para que todas as barracas sejam desmontadas das ruas Barreto Coutinho, Guilherme Matter e seus cruzamentos é às 18h desta terça-feira (17). A cúpula do PT vai ser reunir no acampamento nesta terça-feira, às 9h, para o “bom dia para Lula” e depois vai definir exatamente como e para onde será feita a mudança dos itens de pernoite.

Acordo

O acordo feito entre membros do PT, a Sesp, e o Ministério Público nesta segunda já previa a possibilidade de os manifestantes continuarem se encontrando na região, ou seja, os atos de apoio ao ex-presidente continuarão na região da PF. O que ficou estabelecido foi um horário para isso – sempre das 8h às 21h, com uso de som até às 19h30 – e o limite de quatro tendas montadas por ali, para possibilitar atos políticos, mas sem pernoite.

Com isso, ainda ficam temporariamente suspensos o interdito proibitório da prefeitura de Curitiba que impedia a montagem de estruturas de acampamento em parques e praças da cidade e a ação em resultou na aplicação de multa em R$ 500 mil em caso de desobediência da decisão judicial do interdito.

Apesar da mudança do acampamento, a Sesp ainda não informou se os bloqueios policiais dos arredores serão mantidos.

Moradores

O acordo desta segunda-feira envolveu, além de membros do PT e da Sesp, o Ministério Público do Paraná (MP-PR), que afirma ter buscado atender também as demandas dos moradores da região, que pediam por mais tranquilidade, e também a prefeitura de Curitiba, por meio da Secretaria de Trânsito e Defesa Social. Além dos transtornos para acessar suas residências, muitos moradores também passaram a reclamar de barulho durante a madrugada, dos vendedores ambulantes que se acumularam na região e até mesmo de manifestantes que faziam as necessidades nas ruas.

Outra parte dos moradores, porém, apoiou o movimento. Em nota, o PT agradeceu a colaboração dessas pessoas para a manutenção do acampamento.

Veja os tweets de Gleisi sobre o acampamento

Reprodução/Twitter
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