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Polícia do Paraná prende suspeitos de golpe em negociação de bitcoins
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Um grupo de Curitiba que prometia rendimentos de 3% a 4% ao dia em rendimentos a investidores de bitcoin (criptomoeda) é alvo de operação da Polícia Civil desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (5). Até por volta das 8 horas, já eram nove presos na operação.

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A suspeita é de que o golpe aplicado pela empresa Block Chain It tenha ultrapassado R$ 1,5 bilhão, entre o dinheiro investido e a promessa de rendimentos.

São 62 mandados judicais que foram cumpridos por policiais da Delegacia de Estelionato em Curitiba, Pinhais e Piraquara, na região metropolitana, e também em Pontal do Paraná, no litoral, e em São Paulo. Entre os presos está um agente carcerário que trabalhava no 11.º Departamento de Polícia, na Cidade Industrial de Curitiba.

“Um dos cabeças do esquema está entre os nove presos e outro líder é considerado foragido. Eles, que são parentes, foram denunciados por primos que caíram no esquema”, explicou o delegado Emmanoel David, da Delegacia de Estelionato.

São ao todo cinco mil vítimas em três estados e cerca de quatro mil processos. Entre as vítimas está também outro agente carcerário da cidade de Imperatriz, no Maranhão, que chegou a se matar por conta do prejuízo causado pela empresa.

A operação apontou que o esquema feito pela empresa é no estilo pirâmide financeira, que promete lucro rápido em pouco tempo. Recentemente, o jornal Tribuna do Paraná denunciou outra empresa que aplicou golpe de R$ 2 milhões contra curitibanos que caíram neste tipo de promessa.

“Algumas pessoas investiam R$ 20 mil e, segundo a promessa da empresa, teriam que receber em três meses R$ 600 mil. É um rendimento absurdo. Pirâmide é um esquema muito antigo, em que as pessoas investem valores acreditando em lucro rápido. Algumas vitimas até faziam empréstimos em bancos dos Estados Unidos, refinanciavam casas, carros para aplicar neste investimento”, disse o delegado Emmanoel David.

Indicado por “pessoas de confiança”

Segundo a Polícia Civil, a empresa ganhava confiança com as vítimas após indicação de pessoas conhecidas que demonstravam conhecimento do processo. O golpe era efetivado quando pessoas transferiam o dinheiro para contas bancárias gerenciadas pelos suspeitos.

O indício de que a operação era um golpe foi constatado quando as vítimas receberam uma mensagem da empresa, informando que em um prazo de seis meses os investidores não poderiam fazer saque. A justificativa era de que a empresa teria sido vítima de uma fraude de cerca de R$ 20 milhões na Argentina. Porém, ao final do período, os criminosos voltaram a prorrogar o prazo.

O grupo criminoso é investigado por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documento particular. Todos os presos são de Curitiba.

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