• Carregando...
 | Divulgação/Hospital Angelina Caron
| Foto: Divulgação/Hospital Angelina Caron

A greve dos caminhoneiros colocou um dos maiores hospitais da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) em alerta. O Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, emitiu uma nota na manhã desta sexta-feira (25) alertando para os impactos da paralisação no atendimento aos pacientes e destacando que os problemas podem se tornar ainda maiores caso a situação não se normalize.

Segundo o hospital, todas as cirurgias agendadas estão mantidas, assim como os demais atendimentos. Contudo, a preocupação está nos estoques de medicamentos e comida — situação que também preocupa outros hospitais da capital. Segundo a administração do Angelina Caron, o estoque de segurança de remédios deve durar entre 10 e 14 dias, mas algumas ordens de compra já estão em atraso. Além disso, o estoque de gases medicinais, como o oxigênio, também está baixo e deve durar entre oito e dez dias.

- Tempo real - Greve dos caminhoneiros: siga o tempo real do desabestecimento em Curitiba

As ambulâncias também seguem circulando normalmente, já que utilizam óleo diesel e os postos da região ainda têm estoque para mantê-las abastecidas. Por outro lado, outros veículos movidos a gasolina e álcool já estão parando.

Falta comida

De acordo com o administrador do hospital, Bernardo Caron, a situação é toda muito angustiante. “O hospital está com quase 100% de ocupação, o que torna a situação crítica a partir da semana que vem, se o abastecimento não se normalizar”, diz.

Parte dessa preocupação também está relacionado à alimentação dos pacientes. O Hospital Angelina Caron teme uma falta de leite já a partir de sábado (26), já que a fábrica que fornece o alimento não está conseguindo fazer as entregas. Além disso, já faltam produtos de hortifrúti nos refeitórios. O estoque de carne e itens não perecíveis deve suportar mais sete a dez dias de paralisação.

Veja também: Gasolina e álcool devem acabar até o fim da tarde de sexta-feira em Curitiba

Outros hospitais em alerta

De acordo com a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviço de Saúde no Estado do Paraná (Fehospar), a preocupação de todos os estabelecimentos tem sido constante, e muitos têm risco de defasagem em setores cruciais já nesta sexta-feira. Para conter a falta de itens, cada hospital deverá iniciar um plano de contingência, mas a Fehospar já adianta que há interesse das administrações de se auxiliarem - cedendo remédios necessário para outro hospital, por exemplo.

Em Curitiba, o Hospital São Vicente está em alerta e já faltam itens como pães e leites usados em dietas especiais, frutas e verduras. Medicamentos como contrastes para procedimentos cardíacos estão em estoque mínimo.

O Hospital Pequeno Príncipe afirmou que pode continuar atendendo normalmente até o começo da próxima semana. Nenhuma consulta ou procedimento chegou a ser cancelado, mas já há um plano de contingência em ação.

Já o Hospital Erasto Gaertner conseguiu reposições de alguns fornecedores de Curitiba e, por enquanto, não se encontra em situação crítica. Ainda nenhum procedimento foi cancelado, mas o plano de contingência já teve início para roupa hospitalar e coleta de resíduos. Essa logística deve ser mantida até segunda-feira (28), e, caso a greve não tenha terminado, a situação será revista.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]