Permanecer internado em um hospital é sempre um momento delicado na vida de qualquer pessoa. Para tentar auxiliar no tratamento, o Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, promove visitas constantes e ações especiais por meio de seus voluntários para alegrar os dias daqueles que estão nessa situação. Uma das pacientes que teve o desejo realizado foi Alice Sottomaior Colombeli, de 6 anos, que sonhava em conhecer a Ladybug, personagem de um desenho animado. A surpresa ocorreu no último domingo (30), antes do transplante de medula óssea a que foi submetida.
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Alice faz tratamento contra uma doença rara, Griscelli tipo 2, e passou por um transplante de medula óssea nesta semana. A doadora foi a irmã, Anelise Sottomaior Colombeli, de 11 anos. “Eu não estava aqui no momento e quando eu cheguei ela já veio falando: ‘mãe, você não vai acreditar quem veio aqui: a Ladybug. Era ela de verdade! Ela me deu a máscara e tudo”, relatou a mãe da menina, a pedagoga Cristiane Pricilla Sottomaior. A menina se recupera bem após a cirurgia.
Quem realizou a visita foi a voluntária do Hospital de Clínicas Suellen Choma. “Foi maravilhoso. Você nunca vai saber a reação da criança e a dela foi sensacional. Ela ficou totalmente encantada. Você interpreta o personagem para que ela tenha aquele momento de magia”, ressalta a voluntária. As ações ocorreram em parceria com a Associação dos Amigos do HC.
Inspiração
A visita trouxe inspirações para a menina. “O pai dela comentou que ela não gostava de comer caldinho de feijão, aí eu falei que o Cat Noir – parceiro da Ladybug no desenho - não veio porque estava pulando por aí e que ele come muito caldinho de feijão. Quando saí, perguntei o que ela iria comer e a Alice disse que seria o caldinho”, destacou Suellen, voluntária do HC.
Alice é de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, faz tratamento desde os cinco meses. A mãe avalia que a surpresa beneficia o tratamento da filha. “Todo o tratamento já traz muitos efeitos colaterais e isso abala o psicológico da Alice e o nosso. Quando você alia empatia e atendimento humanizado, penso que o paciente tem mais chances de apresentar melhoras mais rápidas”, salientou Cristiane.
A criança agora espera um novo reencontro com sua heroína. “Neste final de semana já combinei de vê-la novamente e vou levar o Cat Noir”, revelou a voluntária.
E os planos da menina já são grandes. “Segundo a Alice, agora ela tem a máscara da Ladybug, faz parte do time da heroína e vai ajudá-la a salvar o mundo”, disse a mãe de Alice.
Outras surpresas
Além de Alice, outros pacientes do HC receberam e ainda vão receber surpresas nesta semana em comemoração ao Dia Nacional do Hospital. “Os pacientes ficam meses no hospital e acabam conversando sobre alguns sonhos. Escolhemos algumas pessoas que estão há mais tempo ou estão em uma situação mais crítica”, explica o presidente da Associação dos Amigos do HC, Pedro de Paula.
Outra ação no HC contou com a visita de um sósia do Elvis Presley. Esse pedido foi de dois idosos que queriam ouvir um rock. Um menino de 7 anos ganhará um videogame e uma idosa de Paranaguá, no Litoral do Paraná, receberá um kit de crochê, já que o dela ficou em casa.
“O trabalho humanizado faz a diferença no momento em que a pessoa está debilitada”, enfatiza o presidente da associação.
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