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Homem furtou uma lata de chocolate na Páscoa de 2018
Homem furtou uma lata de chocolate na Páscoa de 2018| Foto: Divulgação/Kraft Foods

Acostumados com os furtos quase que diários dentro da loja de conveniência, os funcionários de um posto de combustíveis no Centro de Curitiba se surpreenderam com uma incomum história de arrependimento. Um homem foi até o estabelecimento e pediu para que a atendente lhe cobrasse por um produto que ele havia furtado há mais de um ano — tudo porque, segundo o próprio homem, Deus havia mandado.

O item em questão era uma lata de bombons Sonho de Valsa que ele diz ter furtado na Páscoa de 2018. “Ele chegou no posto no fim da noite do dia 1º de julho e falou que queria pagar R$ 30. A caixa perguntou do que era e ele explicou que tinha sido de um produto que ele tinha roubado”, conta o dono do posto, Luiz Antônio Teixeira.

A situação foi anormal que a funcionária que atendeu o incomum cliente demorou a perceber a dimensão do que estava acontecendo. “Ela não se deu conta da importância daquilo. Tanto que ela só cobrou e fez uma anotação no livro do caixa para explicar que iam sobrar R$ 30 a mais, porque nada foi vendido”, diz Teixeira. Assim, ele só pagou e foi embora, deixando uma grande incógnita em torno de sua identidade.

O proprietário do posto conta que tentou ir atrás do homem a partir dos dados do cartão usado no pagamento, mas o banco não liberou detalhes por serem informações sigilosas. Quando lembrou de procurar as imagens no sistema de segurança, elas já tinham sido apagadas.

A única pista deixada foi a razão pelo retorno. “Ele contou para a caixa que tinha se convertido e que Deus tinha pedido para ele consertar o que tinha feito de errado”, conta. “Por isso que ele voltou depois de mais de um ano”.

Apesar do mistério em torno de quem é o ladrão arrependido, Teixeira diz que ficou feliz com toda a história. Segundo ele, mesmo que tudo tenha começado a partir de um crime — um furto —, é bom ver que a conclusão foi uma boa ação. “A gente só quer que isso sirva de exemplo”, conclui o proprietário do posto.

Furtos diários

No entanto, o arrependimento foi um ponto bem fora da curva dentro do cotidiano da loja de conveniência. Há três anos como dono do estabelecimento, Teixeira diz que esses furtos já fazem parte da rotina do negócio e que nem mesmo as 14 câmeras de segurança instaladas no local são capazes de intimidar a ação dos criminosos.

“Tem alguns casos que a gente nem precisa de câmera. Pegamos no olho mesmo”, afirma. Segundo ele, só nesta semana, os funcionários impediram que uma pessoa saísse da loja com sete barras de chocolate furtadas.

“Esse tipo de coisa prejudica todo mundo. Não só a gente, mas os próprios clientes, porque temos que repassar o custo operacional. Todo mundo sai perdendo”.

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