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Escritório de Rogério Casagrande arrombado em  fevereiro: desgosto por ter fechado a loja pode ter causado enfarte no comerciante. | Marco Charneski/Tribuna do Parana
Escritório de Rogério Casagrande arrombado em fevereiro: desgosto por ter fechado a loja pode ter causado enfarte no comerciante.| Foto: Marco Charneski/Tribuna do Parana

O empresário Rogério Casagrande, 50 anos, que foi obrigado a fechar sua loja de equipamentos automotivos na Rua Doutor Faivre, no Centro de Curitiba , após inúmeros arrombamentos e furtos, morreu na manhã de sábado (12) vítima de um enfarte. Só em 2018, o estabelecimento de Casagrande foi cinco vezes alvo dos ladrões, o que o levou a desistir do negócio que tinha há mais de duas décadas. Os amigos acreditam que o desgosto que ele vinha sofrendo com o fechamento da loja foi um dos fatores que o levou ao ataque cardíaco.

Em fevereiro, reportagem da Tribuna do Paraná e publicada na Gazeta do Povo mostrou as frequentes invasões que os comerciantes da Rua Doutor Faivre, no Centro de Curitiba, vinham passando. Sem contar os danos estruturais nos comércios. Uma das comerciantes relatou que precisou ficar um dia inteiro fechada para conserto, porque havia vidros quebrados, portas estouradas e marcas de mãos nas paredes.

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No caso de Casagrande, levaram diversos equipamentos de trabalho, como pistolas de pintura, máquinas de polimento e materiais de limpeza dos carros. Nem mesmo pequenos acessórios ele podia vender na loja, porque as vitrines ficaram vazias.

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No início de abril, a Tribuna do Paraná voltou a mostrar o problema na Rua Doutor Faivre, noticiando a decisão de o empresário em fechar as portas por falta de condições de repor o material perdido nos crimes. Só este ano foram cinco arrombamentos (sem contar os outros dois, de outubro do ano passado). O empresário já não tinha mais condições financeiras de comprar tudo de volta, visto que neste último crime levaram tudo, até sacos de açúcar e torneiras das pias.

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Loja de Rogério Casagrande na Rua Doutor Faivre que fechou em abril após constantes arrombamentos. Marco Charneski/Tribuna do Parana

“A vida dele estava naquela loja. Por mais problemas que ele tivesse, ali dentro sentia-se feliz. Depois que fechou, andava bem perdido, sem rumo”, relatou um amigo muito próximo. O velório e o sepultamento de Casagrande aconteceram sábado, em Curitiba.

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