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A velocidade da moto foi confirmada por meio de imagens das câmeras de segurança instaladas na região | Reprodução/RPC TV
A velocidade da moto foi confirmada por meio de imagens das câmeras de segurança instaladas na região| Foto: Reprodução/RPC TV

O motociclista responsável pelo acidente que feriu três pessoas em um ponto de ônibus no bairro Batel, em Curitiba, no dia 7 de julho, estava a aproximadamente 120 km/h. O valor é três vezes maior que a velocidade máxima permitida na região na data do acidente, que era de 40 km/h. Após o episódio, o limite permitido passou a ser de 50 km/h.

De acordo com o delegado Anderson Cássio Ormeni Franco, responsável pela Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) , a velocidade da moto no momento do acidente foi confirmada após análise de imagens das câmeras de segurança disponibilizadas por empresas e residências da região. Essas gravações foram analisadas pelo Instituto de Criminalística do Paraná.

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Entre as imagens do motociclista Leonardo de Magalhães Fonseca trafegando pela Avenida do Batel, segundo o delegado, está a do momento em que ele realiza uma arrancada brusca em um semáforo da via. “Essa arrancada caracteriza a direção perigosa e também há testemunhas que o viram empinando a moto e perdendo o controle logo depois”, disse.

Com a confirmação da velocidade e os depoimentos de testemunhas, faltam apenas o laudo de lesões corporais das vítimas para finalizar o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público. No entanto, o delegado adianta que a emissão desse laudo pode demorar um pouco mais porque os médicos realizam uma reavaliação das vítimas 30 dias após os primeiros exames. “E o tempo de internamento das vítimas altera o prazo final para a emissão”, pontuou.

Atualmente, o motociclista responde por manobra perigosa, lesão corporal e por dirigir com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. No entanto, se o laudo médico concluir que as vítimas tiveram lesões graves, o motociclista ainda terá um agravante no processo, aumentando a pena prevista.

Em nota, a defesa do motociclista afirmou que só irá se manifestar após o posicionamento do Ministério Público. Além disso, destaca que nunca foi afirmado que a moto estava em baixa velocidade.

O caso

O acidente foi registrado dia 7 de julho próximo ao Shopping Pátio Batel, onde o rapaz teria perdido o controle da moto ao empiná-la. Descontrolada, a motocicleta destruiu um ponto de ônibus e atingiu três pessoas.

Entre as vítimas estava uma menina de apenas oito anos. A pequena Laura de Sousa foi encaminhada em estado grave ao Hospital Evangélico e precisou ser transferida para o Hospital Pequeno Príncipe (HPP), onde ficou em coma induzido por vários dias. Ela recebeu alta no dia 24.

Além da garota, a enfermeira Adriane Aparecida Melnik, de 38 anos, também sofreu ferimentos graves e precisou ser levada ao Hospital do Trabalhador. Ela permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da instituição por 13 dias e continuou o tratamento no Hospital da Cruz Vermelha, onde recebeu alta no dia 27 de julho.

Uma idosa de 88 anos também foi atingida pela moto, mas seus ferimentos foram considerados leves e recebeu alta no mesmo dia. Já o motociclista de 22 anos teve ferimentos moderados e permaneceu seis dias internado no Hospital Marcelino Champagnat. Ele se apresentou à polícia logo após receber alta.

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