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Com a mudança, todo o controle do estacionamento regulamentado da cidade será feito por aplicativo | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Com a mudança, todo o controle do estacionamento regulamentado da cidade será feito por aplicativo| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

A implementação do Estacionamento Regulamentado (EstaR) digital em Curitiba, prevista para acontecer em 2019, deve trazer mais mudanças para o motorista do que o fim dos talões físicos. Uma das possibilidades estudadas pela prefeitura é o fim da possibilidade de “escapar” da multa por estacionamento irregular, como acontece atualmente. Com isso, quem for flagrado sem o EstaR, pode ser multado na hora.

“Hoje, quando um motorista para sem EstaR, ele recebe apenas infração leve e precisa comprar um talão cheio , o que deve ser feito dentro de cinco dias úteis”, explica Denise Vilela, diretora administrativa-financeira da Urbs. “Com o novo sistema, estamos estudando multá-lo no ato, assim que o fiscal constatar a irregularidade”. O fim do perdão ainda está sendo avaliado pela prefeitura, mas o impacto dessa mudança deve ser significativa na vida e no bolso dos motoristas da capital. Enquanto um talão custa R$ 22, a multa sai R$ 127,69 e resulta em perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

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Com o EstaR digital, os motoristas deverão fazer download de um aplicativo, no qual irá comprar créditos para estacionar na cidade. Assim, toda vez que desejar ocupar uma vaga, o motorista irá selecioná-la no app. A plataforma, então, mostrará a vaga como ocupada para os outros usuários do aplicativo — e também para os fiscais.

Conforme Denise, a mudança não tem a ver diretamente com o novo sistema, mas sim com uma percepção da defasagem das penalidades. A compra do bloco de EstaR como forma de perdoar a infração do motorista, de acordo com a diretora, foi lançada como uma medida educativa que deveria ter durado apenas um ano, mas acabou ficando. “Mas hoje o sistema está desacreditado, até porque o número de carros e vagas de EstaR aumentou muito, dificultando a fiscalização. Então tem pessoas que se aproveitam disso para não usar o talão”, conta.

Por causa disso, ela prevê que a implantação do EstaR digital vai também altera o modo como a fiscalização é feita na cidade. Como ela aponta, os agentes atualmente precisam passar verificando os talões em cada um dos carros estacionados e se eles estão com a data correta. “No novo formato, ele poderá ver que uma vaga que no sistema aparece como livre está ocupada, por exemplo,

Aumento no preço

Além das alterações de uso, o motorista também deve se preparar para um aumento no preço do serviço. A informação foi confirmada à Gazeta do Povo por Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbs. De acordo com Maia, o reajuste ainda não foi definido, e será estabelecido após estudos mercadológicos em parceria com a Superintendência de Trânsito (Setran). Hoje em dia, um cartão comum de uma hora de permanência sai R$ 2, preço válido desde 2015.

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