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Alguns dos golpes citados nesta reportagem são antigos, mas não saem de moda. Pelo contrário, se reinventam. Os golpes aplicados por estelionatários em praças públicas invadiram também os celulares, e-mails e redes sociais. Veja uma lista com os mais aplicados e as dicas da Delegacia de Estelionato para fugir dessas ciladas. Conheça 12 golpes aplicados com frequência em Curitiba.

Confirmação de Dados

Um estelionatário liga se passando por um funcionário de uma empresa, de um banco, de uma operadora de cartão de crédito e pede para a pessoa confirmar dados. Várias desculpas são dadas pelos golpistas, tais como atualização de dados cadastrais ou do sistema da suposta empresa. Se a pessoa passar os dados, eles poderão ser utilizados para vários fins pelos criminosos, inclusive transações comerciais em nome da vítima. Por isso a Polícia Civil reforça que nunca se deve passar dados por telefone.

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Bilhete Premiado

Esse é antigo, mas não perde a majestade. A pessoa acha que vai ganhar um dinheiro fácil e acaba sendo vítima de um golpe. As vítimas são geralmente idosos e apostadores da Loteria oficial. O golpista costuma escolhê-las em praças públicas, próximo às lotéricas. Ali, ele já fez um jogo com os números sorteados na semana anterior. Como a pessoa não se atenta à data do jogo, acaba acreditando que se trata do bilhete premiado. O estelionatário então faz um preço pelo bilhete. A pessoa paga, recebe o falso bilhete premiado e fica no prejuízo.

Envelope Vazio

Os empresários são as principais vítimas deste golpe, já que os criminosos entram em contato na tentativa de fechar um negócio via transferência bancária. Com os dados bancários da vítima em mãos, eles retornam o contato e afirmam que um funcionário depositou uma quantia muito superior ao do negócio original. O grupo pede que o empresário devolva o dinheiro urgentemente, para poder pagar outro fornecedor. O depósito nesses casos até é realizado, porém, com o envelope vazio. Uma dica é prestar atenção se o valor consta como “bloqueado” e esperar a suposta compensação do depósito. Se o envelope estiver vazio, a pessoa será avisada pelo banco e não irá cair no golpe de devolver dinheiro para os estelionatários.

Falso Sequestro

Os golpistas costumam fazer ligações a cobrar, com celulares de fora do estado. Eles ligam e dizem que sequestraram um filho (a) ou outro parente e exigem que a pessoa pague o suposto resgate para libertá-lo (a). Quem recebe essa ligação não deve se apavorar e precisa tentar entrar em contato com a pessoa supostamente sequestrada. A Delegacia de Estelionatos orienta também para pedir ao “sequestrador” para perguntar ao “sequestrado” algo que só ele saiba, como o nome do seu cachorro, o número do seu celular, time de futebol preferido”.

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Boleto Bancário Falso

Os estelionatários fraudam um boleto bancário verdadeiro e colocam um número falso. Normalmente um desses que todos estão acostumados a pagar - cartão de crédito, condomínio, etc. Ao pagar achando que se trata da cobrança de uma conta sua, a vítima acaba dando dinheiro aos criminosos e corre o risco de ficar inadimplente sem saber. A dica, nesses casos, é observar com atenção o boleto antes de fazer o pagamento. Os golpistas muitas vezes enviam os boletos falsos contendo erros de português e informações erradas.

Falso Aluguel

Sites de vendas de produtos e serviços muitas vezes têm preços mais atrativos do que o comércio tradicional. Mas ali você pode estar comprando também um passaporte para um golpe. Funciona da seguinte forma: o estelionatário se passa por um interessado em um imóvel; retira a chave na imobiliária e faz uma cópia; depois publica um anúncio com um valor abaixo do mercado. Pronto, o golpe está montado. Ele leva clientes ao imóvel, pega cópias de documentos e recebe um adiantamento como depósito-fiança. Depois some.

Em outras modalidades do mesmo golpe, os criminosos anunciam imóveis já ocupados ou que nem existem e exigem o pagamento adiantado de parte do aluguel. Assim, quando o veranista chega para aproveitar a praia, acaba percebendo que foi enganado e fica na mão.

A dica é buscar pessoas que tenham conhecimento sobre assuntos, como um corretor de imóveis ou um advogado. A incidência desse golpe é grande com casas na praia. Esse golpe ocorre principalmente no fim de ano e ao longo da temporada de verão.

Golpe do WhatsApp

Nem aplicativo de mensagens não escapou das mãos dos criminosos. Na tentativa de pegar os mais curiosos, um link enviado promete mostrar quem mais visitou o perfil da pessoa no WhatsApp, por exemplo. Ao clicar no endereço, uma série de propagandas começam a aparecer no telefone e, se não tiver cuidado, o usuário pode acabar contratando serviços sem querer. Além disso, outros links prometem mudar a cor no aplicativo, mas, na realidade, acabam baixando softwares no smartphone. Os criminosos recebem dinheiro cada vez que um software é baixado em um celular. Esses são apenas alguns exemplos, pois há vários golpes envolvendo o aplicativo. Os mais recentes apresentam falsas promoções e disponibilização de brindes falsos de grandes marcas.

Golpe do Carro Quebrado

Você recebe um telefonema de uma pessoa se passando por seu parente em um “momento de dificuldade”. Geralmente essa pessoa está em uma oficina mecânica fictícia. Mas pode haver derivações. O golpista enrola a vítima a ponto de ela dizer o próprio nome e aceitar depositar quantias em uma conta informada pelo interlocutor, para ajudá-lo a sair dessa dificuldade. A orientação da Polícia Civil é não se deixar levar pela emoção. Ligue ou busque outras formas de entrar em contato com esse parente.

Golpe do Cartão de Crédito

Os estelionatários telefonam para clientes se fazendo passar por funcionários de operadoras de cartão de crédito na busca de obter dados como a senha e código de segurança do cliente. O objetivo dos criminosos é clonar o cartão. Com os dados pessoais da vítima em mãos, eles informam uma série de compras que teriam sido feitas com aquele cartão, todas falsas, e que o cartão foi clonado. Para fazer o cancelamento, precisam das senhas e códigos de segurança. Se o cliente desconfiar, os criminosos pedem que a vítima ligue para o telefone que está impresso atrás do cartão - número que foi previamente clonado pelos estelionatários. Para finalizar o golpe, eles pedem que a vítima quebre o cartão e entregue para um motoboy da empresa, que também faz parte da quadrilha. Mesmo com o cartão quebrado, o chip continua intacto e a clonagem é possível.

Torpedo (SMS) Premiado

A pessoa recebe uma mensagem (SMS) no celular informando que ela supostamente teria ganhado um prêmio. Ela então entra em contato com o número descrito na mensagem e recebe a orientação de depositar dinheiro em um conta ou comprar créditos de celular para poder receber o prêmio. Trata-se de um golpe e a pessoa, na verdade, não vai receber prêmio nenhum. Para que o golpe se torne ainda mais verossímil, os estelionatários, às vezes, usam nomes de programas de televisão para enganar as pessoas.

Evite o cancelamento da sua linha, ligue agora para....

A mensagem comum nos smartphones simula aquela enviada pelas operadoras de telefonia quando o pré-pago está com créditos vencidos há muito tempo. Mas cuidado: tudo não passa de um golpe. Quando você liga, o falso atendente pede seus dados e, com eles compra ou assina planos de telefone, internet e TV. A orientação da Polícia Civil é, se precisar falar com a operadora, vá até a loja ou ligue você mesmo para o número disponibilizado no site da empresa. E vale mais um alerta: nunca passe seus dados para os números divulgados em SMS.

Roubo no Shopping

O golpista reclama ter tido o relógio roubado, alardeia valores altíssimos como recompensa e some deixando um número de contato. Na sequência, aparece o segundo criminoso com um relógio falsificado. Ele o oferece com um valor muito abaixo da recompensa. A vítima, acreditando que irá se dar bem, compra o produto e nunca mais encontra o suposto dono.

Denuncie

Se você foi vítima ou suspeita de algum golpe, faça a denúncia na Delegacia de Estelionato, que fica na Rua Professora Antonia Reginato Vianna, 1177, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. O telefone é (41) 3261-6600.

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