Pit bull é espancado com tijolo e despejado dentro de saco em rua de Curitiba

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No segundo caso da semana - o primeiro foi de um pinscher e um yorkshire mantidos presos por um cabo de televisão -, um homem foi autuado por maus-tratos contra um pit bull. O agressor, de 23 anos, foi flagrado por câmeras de segurança abandonando o animal ferido dentro de uma sacola em uma rua do bairro Pinheirinho, na capital. À polícia, o jovem primeiro negou, mas depois confessou que bateu na cabeça do cão com um pedaço de tijolo até achar que ele estava morto.

Vídeo mostra quando jovem largou o cão

A denúncia foi parar na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) já com flagra de câmeras de segurança de uma casa onde tudo ocorreu, nesta terça-feira (8). O vídeo mostra o tutor andando pela rua com o saca. Instantes depois, ele já aparece de mãos vazias.

"O rapaz é usuário de drogas e confessou que usou cocaína. Ele disse que não gostava do cachorro, daí resolveu matar usando um pedaço de tijolo para bater na cabeça dele", relatou o delegado Matheus Laiola. "Em tese, o cachorro teria morrido e por isso ele colocou dentro de um saco e abandonou na rua. Mas algumas pessoas viram o saco se mexendo e resgataram o cachorro".

Apesar da violência, o pit bull foi resgatado sem risco e já está em um lar temporário. O jovem agressor já tinha passagem na polícia por receptação.

E também foi uma denúncia que levou a polícia a chegar à casa em que um pinscher e um yorkshire eram mantidos em condições de violência em Colombo, na RMC.

Segundo Laiola, os cães ficavam presos por um fio de televisão e passavam fome. Imagens gravadas em celular pelo denunciante mostram o pinscher gritando após apanhar. Ainda de acordo com a polícia, o suspeito, de 39 anos, teria dito que não cuidava dos cachorros porque não gostava da raça pinscher. Os dois cães foram resgatados.

Mais denúncias

A lista de casos de maus-tratos contra animais não para de crescer e, conforme Laiola, não é por causa do aumento de situações de violência, mas das denúncias que vêm sendo feitas com mais frequência.

"BO [Boletim de Ocorrência] por BO é pouca denúncia, mas tem muita gente que acaba denunciando pelo 181", disse, referindo-se ao canal de denúncia da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp). "Por isso que é importante continuar a mostrar todas essas situações e mostrar que é crime. As pessoas acabam confiando mais na polícia e no retorno dela e a partir disso mais denúncias chegam", observa o delegado.

Na semana passada, outra pessoa foi autuada por bater em um cachorro da raça pug. O vídeo, feito de um apartamento em São José dos Pinhais. viralizou. O cão apanhou, segundo o tutor, por ter feito xixi "fora do lugar".