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Polícia afirma que selos da Anvisa de empresa de impermeabilização envolvida em explosão são falsos
| Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo

A sede e a casa dos donos da Impeseg, que realizou o serviço de impermeabilização de sofá no apartamento em que ocorreu uma explosão no Água Verde, no dia 29 de junho, foram alvo de dois mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (10) por parte da Polícia Civil. Entre os itens apreendidos, estão rótulos dos produtos manipulados irregularmente pela Impeseg e que continham selos falsos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo o delegado da Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam), Adriano Chohfi. No acidente, uma criança de 11 anos morreu e três pessoas ficaram feridas e estão internadas no Hospital Evangélico Mackenzie - duas delas em estado grave.

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A principal busca foi pelos galões dos produtos inflamáveis usados na impermeabilização do sofá do apartamento, causa provável do acidente. O delegado e os investigadores da Deam só encontraram galões vazios e, separadamente, os rótulos com autorização falsa da Anvisa. "Com certeza isto é uma falsificação, porque os rótulos eram da empresa e os produtos fabricados por eles mesmo. Então não é possível colocar que havia sido fiscalizado pela Anvisa se o produto não tinha fiscalização nenhuma", disse o delegado em coletiva de imprensa.

Segundo o delegado Adriano Chohfi, da Deam, ao não encontrar os produtos armazenados nos galões, a polícia pediu as gravações das câmeras de segurança da empresa, para saber que houve ou não tentativa de esconder algo. Essa questão ainda está sendo investigada pela polícia.

A reportagem entrou em contato com o advogado Roberto Brzezinski, que defende o casal dono da empresa Impeseg, mas não obteve resposta. Anteriormente, ao ser procurada, a defesa afirmou que só irá se pronunciar nos autos do processo.

Liberação do prédio

O prédio onde ocorreu a explosão não foi afetado pelo acidente. É o que informa o laudo técnico analisado pela Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi). O laudo foi encomendado pela administração do prédio e foi apresentado à prefeitura de Curitiba nesta quarta-feira (10).

A Cosedi fez uma vistoria e agora, para os moradores voltarem aos seus lares, são necessários reparos em portas, janelas e paredes, que foram afetados pela explosão. A principal questão, porém, é o elevador. Nesta quinta (11) uma perícia será feita e há a possibilidade de que, em caso de retorno, os moradores voltem aos seus imóveis sem o elevador estar funcionando.

Após as adequações necessárias, a Cosedi fará uma nova vistoria para liberar o imóvel para os moradores.

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