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Além da agressão, biblioteca da UFPR  teve vidros quebrados | Foto: DCE/Reprodução
Além da agressão, biblioteca da UFPR teve vidros quebrados| Foto: Foto: DCE/Reprodução

A Polícia Civil já identificou os cinco suspeitos envolvidos no caso de agressão registrado na noite de terça-feira(9) a um jovem de 26 anos, em frente à Biblioteca Central da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Centro de Curitiba, mas eles ainda não foram chamados para prestar esclarecimentos. O delegado Luiz Alberto Cartaxo, titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou nesta quarta-feira (10) que a polícia ainda tem dúvidas se o crime teve motivação política ou não, mas confirmou que os cinco agressores são da Torcida Organizada Império Alviverde, do Coritiba. Ao fim do inquérito, todos devem ser indiciados por lesão corporal.

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Na terça, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) afirmou que o rapaz foi atacado por usar um boné do MST e que os agressores proferiram gritos de apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Também nesta quarta a torcida Império se pronunciou o fato, negou o envolvimento da entidade com a situação e afirmou com não compactua com esse tipo de violência. Leia abaixo o que diz a torcida.

De acordo com Cartaxo, os agressores foram reconhecidos pela vítima e por sua advogada por fotos em redes sociais. A polícia ainda está levantando mais informações para ouvir os envolvidos e por enquanto um inquérito foi instaurado na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para apurar as causas. Até o momento, são três linhas de investigações para o caso: briga de rua, ação criminosa de torcedores da Império ou motivação política para a agressão.

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“Se for algo da torcida, acionaremos o apoio da Demafe (Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos) que já esteve envolvida em outros casos envolvendo a torcida. Se for motivação política, denunciaremos ao TRE”, afirmou.

Ainda de acordo com o delegado, a vítima teria sido agredida após intervir em um princípio de confusão entre os envolvidos. O rapaz levou chutes, socos e garrafadas e entre os outros ferimentos teve uma contusão no olho esquerdo. Ele foi levado para o Hospital Cajuru na noite de terça-feira (09), mas já teve alta. A vítima já fez o exame de lesão corporal no Instituto Médico Legal (IML) que deve sair em 30 dias e pode influenciar na penalidade.

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“A penalidade depende das lesões impossibilitarem ele de trabalhar depois um mês ou não. Precisamos esperar esse resultado, pegar os endereços e telefones dos agressores e ouvir as testemunhas oculares do fato. A investigação continua da DHPP até o fim”, afirma o delegado Cartaxo.

Em nota à imprensa, a Universidade Federal do Paraná emitiu uma nota de repúdio à agressão, ainda mais em um ambiente democrático. Inicialmente, o rapaz agredido teria sido identificado como estudante da instituição mas segundo a polícia ele é um servidor público e estava apenas passando pelo local. Além da agressão ao jovem, os autores do crime também depedraram o patrimônio da universidade, quebrando vidros da Biblioteca Central e da Casa da Estudante Universitária de Curitiba (CEUC).

Império nega envolvimento

Em resposta ao caso, a Torcida Organizada Império Alviverde, do Coritiba, diz que foi pega de surpresa com a agressão feita por alguns de seus membros. De acordo com o presidente da Império, Juliano Nicolosi, a torcida como organização não tem nada a ver com o ocorrido e que os membros que se envolveram na confusão ainda não foram identificados. “A gente não compactua com esse tipo de violência e queremos que esses atos sejam investigados e os responsáveis paguem por isso”, diz. “Estão usando o nome da torcida e a gente nem sabia”.

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Conforme apontado por testemunhas, os membros da torcida chegaram a gritar palavras de apoio ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). Contudo, Nicolosi descarta que haja uma aproximação da torcida com o candidato. “Estão misturando as coisas. A torcida não tem esse viés político e não somos envolvidos com nenhuma corrente. O homem podia estar usando a vestimenta do MST, teve a confusão e as pessoas misturaram tudo”.

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