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Painel no aeroporto Afonso Pena não deixa o viajante esquecer onde ele está: Curitiba. | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Painel no aeroporto Afonso Pena não deixa o viajante esquecer onde ele está: Curitiba.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Mais do que uma mera sigla, CWB virou sinônimo de Curitiba. Em vários lugares, as três letras são usadas para identificar a capital paranaense, seja na publicidade, sites de turismo e de companhias aéreas ou eventos.

Apesar de estar ligada diretamente a Curitiba, a sigla está oficialmente conectada ao Aeroporto Afonso Pena, que, na verdade, fica em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana. É esse código que vai nas etiquetas de bagagens para as empresas aéreas despachá-las.

Mas, afinal, por que o Aeroporto Internacional Afonso Pena recebeu essa sigla? Por que o W no meio disso tudo?

Primeiro é preciso explicar o motivo desses códigos com três letras. É basicamente um padrão criado em 1947 pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) para identificar aeroportos e áreas metropolitanas em todo o mundo e gerir corretamente o despacho de malas nos aviões.

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Quando um novo aeroporto é inaugurado e faz requisição de um código, a Iata procura alocar as três primeiras letras da cidade, de acordo com a resolução 763. Se dentro das 17.576 combinações possíveis a sigla já estiver em uso, então começam os ajustes, que muitas vezes não parecem fazer muito sentido. “Nem sempre há uma lógica por trás do sistema”, admite a própria Iata à reportagem da Gazeta do Povo.

É nesse limbo que caiu Curitiba. O Aeroporto Afonso Pena foi inaugurado em janeiro de 1946 e pelo sistema que entraria em funcionamento no ano seguinte, a sigla natural a ser adotada seria CUR, mas ela foi logo ocupada pelo Aeroporto Hato, em Curaçao,no Caribe, mais proeminente do que o recém-inaugurado campo de aviação brasileiro.

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Por que não, então, CTB? Essa sigla também tinha dono mais importante: a cidade de Cut Bank, no estado de Montana, nos Estados Unidos. Outras combinações ainda lógicas estavam tomadas, como CUB (Owens Field, em Columbia, EUA), CRA (Craiova, Romênia), CRT (Crossett, EUA) e CTA (Catania, Itália).

Por que o W?

Para contornar a falta de siglas para identificar o aeroporto, a Iata lançou mão de um código sem muita lógica aparente. A sigla base seria CUB, que teve a letra U substituída pela W. Em contato com a reportagem, a entidade não soube explicar o motivo da escolha,somente que se trataria de uma mera substituição aleatória.

Ou seja, teoricamente nenhuma relação com Winter (inverno, em inglês), que muita gente poderia imaginar. Existem lugares bem mais frios que Curitiba que não têm a letra W na sigla.

Casos curiosos como o de Curitiba são bastante comuns, inclusive no Brasil. Goiânia, por exemplo, é GYN e Vitória é VIX. Manaus é conhecido como MAO e Salvador como SSA. Há também as cidades e aeroportos que levaram ao pé da letra a resolução da Iata: Fortaleza (FOR), Joinville (JOI) e Recife (REC).

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