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Guarda municipal de Cuitiba atuava como olheiro para evitar problemas para os traficantes. | DANIEL CASTELLANO/DANIEL CASTELLANO
Guarda municipal de Cuitiba atuava como olheiro para evitar problemas para os traficantes.| Foto: DANIEL CASTELLANO/DANIEL CASTELLANO

Integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas que atuava em Curitiba e região metropolitana foram presos em operação da Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (31). Comandados pela Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), os trabalhos miraram em 17 pessoas, incuindo um guarda municipal que apoiava a organização - comandada por um detento do Complexo Penitenciário de Piraquara.

A investigação, que durou cinco meses, aponta que o grupo utilizava o dinheiro do tráfico para comprar imóveis na região metropolitana. Sete casas ligadas ao traficante e à mulher dele foram identificadas pela polícia. Além disso, parte do dinheiro que o esquema lucrava com a venda de crack e maconha ia para contas bancárias do casal e dos filhos deles, menores de idade.

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O casal já havia sido enquadrado em um esquema semelhante em 2013. À época, o homem também comandava o tráfico de dentro da cela e ela trabalhava diretamente com a venda de drogas nas ruas - ação que seguia atualmente. Por isso, o nome da operação é Regresso. O papel da mulher era percorrer os pontos de tráfico e recolher dinheiro com venda de maconha e crack.

Tanto o detento quanto a mulher tinham apoio de um guarda municipal que mora em frente a um dos pontos de venda das drogas. Assim, ele mantinha o chefe da quadrilha informado sobre todas as atividades policiais realizadas no ponto de venda. Ele ainda se prontificava a manter contatos com os responsáveis pelas apreensões das drogas do grupo para tentar negociar a liberdade dos envolvidos.

“Toda vez que havia uma ação, uma prisão realizada pela Denarc ou pela Polícia Militar envolvendo pessoas dessa quadrilha, esse guarda municipal se prontificava a tentar descobrir como eram as investigações, quem eram os agentes responsáveis e se prontificava a tentar passar informações sigilosas para esse presidiário”, comentou a delegada da Camila Cecconello, responsável pela operação.

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A quadrilha também tinha apoio de uma mulher que armazenava a droga para revendê-las a pequenos traficantes e usuários. Essa mesma suspeita já havia sido presa com drogas em maio deste ano, mas foi solta ao ser beneficiada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu habeas corpus coletivo para mulheres gestantes ou com filhos de até 12 anos. No dia 18 de julho, ela foi presa novamente - pelo mesmo motivo - e voltou a ser solta. Contudo, continuou a ser investigada.

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