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A obra integrava o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do Mundo | Raquel Derevecki/Gazeta do Povo
A obra integrava o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do Mundo| Foto: Raquel Derevecki/Gazeta do Povo

Prometida como mais uma das obras de melhorias para a Copa do Mundo de 2014, a ponte sobre o Rio Iguaçu ainda não foi concluída. Iniciada em 2013, a ponte serviria como trecho alternativo de ligação entre Curitiba e o município de São José dos Pinhais. No entanto, três anos após o término dos jogos e às vésperas de um novo mundial, a ponte de ligação entre a Avenida Senador Salgado Filho à Rua Joaquim Nabuco permanece inacabada, gerando revolta e insegurança na região.

Para o motorista aposentado Francisco Moreira, de 67 anos, a história já virou lenda. “Perdi a conta do tempo que estamos esperando pra ter essa ponte, desafogando o trânsito aqui. Não há ninguém trabalhando no local e está tudo abandonado”, afirmou o morador do bairro Uberaba, que passa todos os dias pelo Avenida das Torres e encara inúmeras pichações na obra.

Só que a falta desse caminho alternativo entre as duas cidades é apenas um dos problemas que assombra quem passa pela região. O abandono da obra também traz o medo da violência, como conta a secretária Dirseia Aparecida dos Santos, 32, que teme caminhar pelo trecho durante a noite.

Moradores da região só conseguem utilizar o local a pé ou de bicicleta

Raquel Derevecki/Gazeta do Povo

Segundo ela, não há nenhuma iluminação e, além de o pedestre correr risco de se machucar devido aos canos e ferros soltos, pode se tornar mais uma vítima da violência. “Esses dias eu saí pra caminhar no parque quando estava escurecendo, mas, quando cheguei na ponte, fiquei com medo e decidi voltar para casa”.

PAC da Copa

De acordo com a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), a obra integrava o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do Mundo. Só que, “passado o período do evento, voltaram a fazer parte do PAC Mobilidade Urbana”, programa gerido pelo governo estadual.

Há diversos canos e ferros soltos na obra

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A previsão para conclusão da ponte – segundo a Comec – era outubro de 2016, mas ocorreram problemas com a empreiteira e o órgão abriu um processo administrativo contra a empresa responsável. O contrato acabou rescindido e uma nova licitação precisará ser aberta para dar continuidade ao trabalho.

“Foi contratada uma consultoria técnica para levantar o atual estado da obra e especificar as condições da nova licitação. Esta consultoria já entregou o trabalho e a Comec está finalizando o detalhamento da licitação”, informou a coordenação, em nota.

Ainda de acordo com a instituição, o edital dessa licitação deve ser lançado no mês de outubro e, assim que for emitida a ordem e serviço para a nova empresa, a obra deve ser encerrada em oito meses. Enquanto isso, os trabalhos seguem parados.

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