Não, você não leu errado. Na tarde desta terça-feira (18) a sensação térmica em Antonina, Litoral do Paraná, chegou aos 81°C, registrados pela Estação Meteorológica do Instituto Simepar na cidade às 16h. Mas antes que alguém pense que as pessoas estão pegando fogo na rua é bom explicar que essa sensação é apenas uma referência de temperatura, um indicativo, já que é uma variável formada por fatores como a temperatura real, vento e umidade relativa do ar.
E foi justamente a umidade do ar, oriunda do continente e também do oceano, que deu à cidade esse índice tão alto de sensação térmica, conforme explica o meteorologista Fernando Mendes. Segundo ele, o mais importante é a temperatura real, que nesta tarde chegou aos 44,3°C –- menor do que os 44,9° registrados no dia 15 de dezembro. No entanto, a umidade em Antonina nesta terça chegou próximo de 60%, com vento fraco, mas com rajadas que passaram os 20 km/h.
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“Com o aumento da temperatura, a atmosfera se expande e a sua capacidade de conter a umidade aumenta. Então, quando isso ocorre, a sensação térmica aumenta. É a energia em trânsito. Com mais umidade no ar, a transpiração do corpo é inibida, daí vem aquela sensação de abafamento”, explica Mendes.
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Além disso, a sensação térmica, de acordo com o meteorologista, varia conforme a pessoa. “Vai depender de onde ela está. Se está dentro de um carro, à sombra, andando sob o sol. É subjetivo, varia de pessoa para pessoa. Já a temperatura real é igual para todo mundo”, ensina.
Mendes não descarta que os 81°C eventualmente sejam até algum erro na estação de medição de Antonina, mas ao longo de toda a tarde a sensação térmica se manteve acima dos 65°C. Na última sexta-feira (14), o índice tinha chegado aos 65,5°C.
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