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Carro preto, de luxo, com placa vermelha: essas são as características externas de um táxi executivo. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Carro preto, de luxo, com placa vermelha: essas são as características externas de um táxi executivo.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Motoristas engravatados, carros pretos impecáveis e serviço de bordo. Essas são algumas das características da categoria de táxi executivo. Esse serviço registrou um aumento de cerca de 20% na demanda em Curitiba nos últimos seis meses, de acordo com as centrais Faixa Vermelha e Capital. O crescimento na demanda acontece junto com a mudança em todo o mercado de mobilidade: em 2015, um ano antes da Uber chegar em Curitiba, eram 20 táxis executivos na cidade. Hoje, segundo dados da unidade de gestão de táxi da Urbs, o número de carros dessa categoria já chega a 60.

“Esse crescimento de 20% nos chamados foi sentido a partir de dezembro do ano passado, e inclui desde clientes ocasionais, que querem um motorista para o casamento, por exemplo, até donos de empresas que buscam discrição, que são os que usam com mais frequência”, explica Cesar Bueno, presidente da central Faixa Vermelha. A empresa foi a primeira companhia de táxis a oferecer o serviço, que começou a funcionar na cidade em 1994.

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Para Julio Barbosa, presidente da Rádio Táxi Capital, o número de executivos ainda é pequeno se comparado à quantidade de táxis convencionais, que segundo o último levantamento da Urbs está em 2.867 veículos. “Mas a gente percebe um movimento dos próprios taxistas querendo mudar para o executivo”, conta Barbosa. Isso porque o modelo se tornou referência para os motoristas e passageiros que integram o público-alvo - tanto que os dois presidentes contam sonhar em ter uma frota exclusiva de táxis executivos.

O interesse em mudar para o serviço, segundo os taxistas, ocorre justamente pela percepção de que o táxi precisa oferecer qualidade de atendimento competitiva. “Hoje existe um público de pessoas que são carentes desse serviço de extrema qualidade. E nossos clientes não conseguiram encontrar o que temos no Uber, por exemplo”, avalia Clóvis Correia, que é taxista há 17 anos, e há dois migrou para o executivo. Para Correia, os principais fatores que favorecem o táxi executivo são a garantia de segurança e o luxo do veículo.

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Preço e agendamento

O serviço diferenciado do táxi executivo tem seu preço: as corridas são 30% mais caras do que no modelo convencional. Também há alteração no valor da bandeirada, que fica em R$ 7,15 - enquanto no táxi convencional é R$ 5,40.

Eventualmente, porém, é possível conseguir o serviço pelo preço do táxi convencional. “Se um executivo estiver nas proximidades e sem nenhuma corrida marcada, a central manda o carro para fazer a corrida no valor do convencional”, explica Antonio Marcos da Silva, taxista executivo. Segundo o motorista, essa é uma forma dos clientes conhecerem a categoria, além de ser uma boa surpresa. “Diariamente eu faço de duas a cinco corridas pelo executivo. Fora isso, tem sempre cinco ou seis que eu faço pelo convencional”, conta Silva.

Para garantir atendimento no táxi executivo, existe a necessidade de agendamento do serviço. Como há poucos carros desse tipo rodando na cidade, caso seja solicitado de última hora, é provável que o veículo esteja longe do ponto de partida e não possa atender.

Critérios para trocar o convencional pelo executivo

Qualquer taxista pode migrar para a categoria executiva, basta ter um veículo que se enquadre nas exigências e fazer a solicitação da troca no departamento de táxis da Urbs. Veja a lista de exigências, segundo decretos municipais:

- carro com até três anos de vida útil;

- carro com distância mínima entre eixos de 2,65m;

- carro com motor mínimo de 1.800 cilindradas;

- carro com porta malas com capacidade mínima disponível de 450 litros;

- carros de cor preta;

- motorista com indumentária social, com uso obrigatório de gravata;

- número total de veículos desta categoria não poderá ser superior a 10% da frota total de táxis;

- não pode estacionar em pontos convencionais.

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