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| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O mercado de trabalho brasileiro fechou 104.582 vagas de emprego formais em fevereiro de 2016. Este é o pior resultado para o mês desde 1992, quando começou a série histórica. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho são fruto de 1.276.620 admissões e 1.381.202 demissões no período.

INFOGRÁFICO: Veja a evolução do emprego formal no Brasil e no Paraná

O resultado foi muito inferior ao registrado em fevereiro do ano passado, quando foram fechadas 2.415 vagas pela série sem ajuste. No acumulado dos últimos 12 meses, o país fechou 1.706.695 vagas, com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. No primeiro bimestre do ano, o saldo de postos fechados é de 204.912, também com ajuste

Sete dos oito setores de atividade econômica registraram saldos negativos em fevereiro. O comércio foi o setor que sofreu mais cortes, com perda de 55.520 empregos formais. A indústria de transformação foi a segunda mais afetada (-26.187 postos), seguida pela construção civil (-17.152).

Os setores de serviços e agropecuária registraram quedas de 9.189 e 3.661 no número de vagas formais, respectivamente. O único setor que contratou mais do que demitiu no período foi o de administração pública, com abertura de 8.583 novos postos.

Paraná

Em fevereiro foram fechados 2.050 postos de trabalho formais no Paraná. O número veio pior do que as pouco mais de mil vagas abertas em janeiro e, com isso, o mercado de trabalho paranaense acumula no ano o fechamento 1.042 vagas. Nos últimos 12 meses, foram 93.556 pessoas demitidas no Paraná.

Os dados de fevereiro mostram uma dinâmica mais fraca na Região Metropolitana de Curitiba, onde foram fechados 3.903 postos de trabalho, ao mesmo tempo em que foram criadas 1.853 vagas no interior.

Este foi o primeiro resultado negativo para um mês de fevereiro no Paraná desde 1999, quando houve o fechamento de mais de 8,8 mil vagas. Também é o primeiro recuo no emprego formal para o primeiro bimestre pelo menos desde 2002, segundo a série temporal apresentada pelo Ministério do Trabalho.

O setor de serviços foi o que mais abriu vagas em fevereiro (908), seguido da agropecuária (576) e da administração pública (199). Na outra ponta, o comércio fechou 2,3 mil postos de trabalho, seguido pela construção civil (-888), indústria (-390), serviços de utilidade pública (-117) e indústria extrativa mineral (-28).

O município de São Mateus do Sul, onde a Petrobras fez no último mês a manutenção da usina de processamento de xisto, liderou a criação de postos de trabalho em fevereiro entre as cidades com mais de 30 mil habitantes, com 362 contratações. A cidade foi seguida por Ibiporã (296), Rio Negro (264) e Palmas (216).

Curitiba teve o pior saldo, com o fechamento de 3.093 postos de trabalho. Em seguida, vêm São José dos Pinhais (-532), Guaratuba (-390) e Cascavel (-255).

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