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As compras pela internet estão se tornando cada vez mais corriqueiras para os consumidores de Maringá, no noroeste do Estado. A Pesquisa do Perfil do Consumidor, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Sebrae/PR e pelo Sicredi, durante um café da manhã para 250 empresários da cidade, no auditório do Crea, revela que 15% da população maior de 18 anos já realizaram pelo menos uma compra pelo computador no último ano.

Os principais itens adquiridos pelos consumidores de Maringá foram eletrônicos, livros e revistas, CDs e DVDs. A pesquisa que traça um perfil dos consumidores da cidade ouviu 685 pessoas nos meses de junho e julho deste ano. Essa é a primeira vez que a pesquisa traz dados como o avanço do comércio eletrônico no município. O último levantamento que abordou os hábitos dos consumidores de Maringá foi realizado em 2005.

O percentual do uso da internet para compras, levantado nesta pesquisa, é um indicativo importante do crescimento do e-commerce. É superior, por exemplo, ao identificado em 2007 em levantamentos semelhantes realizados nas cidades de Goioerê, Iporã, Jandaia do Sul e Nova Londrina, no entorno de Maringá, quando foi detectada uma média de 10% de compras pela rede mundial de computadores.

De acordo com a pesquisa, além da compra realizada diretamente pela internet, foram detectadas situações em que o consumidor visitou a rede, pesquisou preço e foi até a loja estabelecida na cidade com a proposta impressa para negociar, o que também tem interferência junto ao comércio local. Dentre os motivos citados pelos entrevistados que efetuaram compras online, foram citados o preço, a comodidade, as condições de pagamento e a variedade dos produtos ofertados.

"A última pesquisa do perfil do consumidor de Maringá foi realizada em 2005. Na época não fazíamos essa pergunta aos entrevistados. Porém, passamos a incluí-la com o avanço do comércio eletrônico no Brasil que teve um crescimento anual de 40% em média", explica o consultor da Regional Noroeste do Sebrae/PR, Marcelo Wolff.

Segundo o consultor, a procura dos consumidores pelas compras on-line é uma tendência irreversível, que deve ser observada pelos empresários do comércio varejista. "Os empresários que não estiverem de olho no comércio eletrônico, vão perder clientes. Esse dado deve ser encarado como um alerta", alerta o consultor.

Dados relevantes

A 'Pesquisa do Perfil do Consumidor' traz outros dois dados relevantes para os empresários do comércio varejista. O número de consumidores que fazem suas compras fora de Maringá aumentou: 27,5% dos entrevistados compraram algum produto fora de Maringá no último ano, índice bem superior aos 15,2% detectados em 2005, quando também se questionou o tema na pesquisa anterior.

Os principais produtos adquiridos fora de Maringá foram confecções, produtos de informática e calçados. Nesse caso, o comércio da cidade perdeu para outros centros comerciais como São Paulo, Curitiba, Londrina e Paraguai.

O hábito da população maringaense, de fazer compras de ambulantes, também continua em curva ascendente. De acordo com a pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 30% dos entrevistados realizaram algum tipo de compra por esse tipo de distribuição. No estudo realizado em 2005, o percentual de compras junto a ambulantes estava em 23,4%.

O consumidor que compra de ambulante é caracterizado por possuir uma renda de até cinco salários mínimos. Os principais produtos adquiridos foram cds e dvds, cosméticos e enxoval e os motivos apontados para a opção: preço, amizade, comodidade e qualidade.Itens prioritários

Atendimento, estacionamento e preço são os três itens mais levados em conta pelos consumidores de Maringá, diz a pesquisa. Os três itens foram citados espontaneamente pelos entrevistados, quando questionados sobre o que deveria melhorar no comércio local.

Dos 685 consumidores ouvidos, 23,8% apontaram o atendimento como fator que precisa melhorar. O estacionamento e o preço aparecem ambos com 16% das citações. O item estacionamento foi citado pela primeira vez.

A vitrine continua sendo o maior chamariz de uma loja para os consumidores de Maringá. Dos consumidores ouvidos na sondagem, em junho e julho deste ano, 21,8% apontaram a vitrine como item mais observado ao se chegar numa loja; 21,2% disseram ser a limpeza do estabelecimento; 19,6% apontaram a arrumação; e 11,2% o estacionamento.

"Os números mostram aos empresários que esses devem estar atentos à questão do atendimento, fator decisivo de compra pelo consumidor e que muitas vezes é ignorado/dado o devido valor pelos mesmos. Outro fator é que o atendimento num estabelecimento comercial diz respeito a todo o processo dos serviços de atendimento, encantamento, fidelização, e não apenas a técnica de venda puramente, e muitos cometem esse erro ao atender seus potenciais clientes e terminam por perdê-los", diz Marcelo Wolff.

Também foram citados pelos entrevistados: uniforme (7%); crachá (5,1%); fachada (3,6%); iluminação (3,6%); e pintura (1,2%). A pesquisa detectou ainda que o principal meio que o consumidor local utiliza para tomar conhecimento das promoções ou novidades na cidade é a televisão, com 43,1%; seguida por panfletos, com 18,2%; e pelo rádio, com 17,3% das citações.

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