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Pesquisar antes sobre a empresa, a oportunidade ofertada e até mesmo sobre a pessoa que irá lhe entrevistar  deixa o candidato mais seguro e menos nervoso na hora da entrevista de emprego. | Bigstock/
Pesquisar antes sobre a empresa, a oportunidade ofertada e até mesmo sobre a pessoa que irá lhe entrevistar deixa o candidato mais seguro e menos nervoso na hora da entrevista de emprego.| Foto: Bigstock/

Muitos profissionais não percebem, mas podem perder uma boa oportunidade de emprego por apresentarem posturas que denunciam insegurança e até mesmo pouco comprometimento com o processo de seleção e a vaga em disputa. A boa notícia é que há a possibilidade de detectar estes comportamentos e mudá-los, aumentando suas chances de conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho.

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Confira abaixo quatro comportamentos que mais atrapalham os candidatos, segundo Renata Motone, psicóloga e coordenadora de Recursos Humanos da Luandre, consultoria que atende mais de 200 empresas.

1. Nervosismo em excesso

“Um pouco de nervosismo é natural, principalmente quando estamos sendo avaliados”, comenta Renata. Porém, ela ressalta que isso não pode impedir o candidato de demonstrar seu conhecimento no momento da entrevista. “Tivemos um caso em que a pessoa estava tão apavorada que não conseguia falar sobre sua experiência profissional. Foi necessário sugerir ao candidato uma pausa, oferecer uma água e depois retomar a conversa”.

A dica para esses casos é pesquisar antes sobre a empresa, a oportunidade ofertada e até mesmo sobre a pessoa que irá lhe entrevistar, tendo assim o máximo de informações possível caso seja questionando sobre um desses assuntos.

2. Arrogância

Profissionais que demonstram segurança, geralmente, são bem avaliados nas entrevistas. No entanto é preciso ter a noção de como demonstrar este comportamento sem exageros, para que não se confunda com arrogância. “Quando detectamos essa postura é muito provável que o candidato não seja encaminhado à próxima etapa, que geralmente é com o cliente. Em exagero, este comportamento demonstra que a pessoa tem dificuldade nas relações interpessoais”, explica Renata.

Mas, afinal: como saber se sua atitude apresenta arrogância?

“Uma das características que demonstram essa má postura é aquele tipo comum de autopromoção ‘eu sou ótimo, mas meu chefe ou meus colegas na antiga empresa eram incompetentes’ ou coisas do tipo. Cabe ao candidato falar sobre seu trabalho, seus méritos, suas competências. Isso já é o suficiente para causar uma boa impressão”.

3. Falta de comprometimento e postura

Sempre importante lembrar: o candidato começa a ser avaliado a partir do momento em que o recrutador liga para agendar a entrevista. “Há atitudes que nos mostram a postura do candidato, antes mesmo dele entrar para conversar com o recrutador. Até mesmo uma resposta por e-mail pode denotar alguma postura indesejada”, afirma a coordenadora.

Ela também destaca o uso de roupas sóbrias e mais formais, manter o tom de voz adequado e, se possível, desligar o celular para não haver distrações. “Nada é proibido, mas tudo precisa ser combinado. Não há problema em avisar que, caso o celular toque será necessário atender por determinado motivo, mas o entrevistado não deve se distrair com o celular durante a entrevista sem uma razão”.

Ainda, caso haja algum imprevisto, como não poder comparecer na entrevista no dia agendado, uma ligação para informar o recrutador com antecedência é sempre o melhor caminho.

4. Feedback

O autoconhecimento e a percepção de suas fragilidades no momento de uma entrevista não são tarefas fáceis e exigem um olhar crítico sobre si mesmo. Por isso, ao receber uma negativa em uma entrevista, aproveite e use este feedback a seu favor, refletindo sobre como se portou em todos os momentos, tentando identificar onde pode ter falhado para, nas próximas, não cometer o mesmo erro.

“Se ainda for difícil identificar onde está errando, ligue cordialmente para o recrutador com o qual realizou o processo e pergunte para ele os motivos de não ter evoluído no processo. Essa visão especialista pode ser fundamental para que consiga corrigir e se dar melhor em processos futuros”, conclui Renata.

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