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2018 é um ano que a indústria de tecnologia desejaria esquecer. Mas os problemas de 2018 não vão a lugar nenhum.

Foi o ano em que nos deparamos com o pouco que podemos confiar no Facebook e o quanto estamos viciados em nossas telas. Foi o ano em que o ódio e a desinformação on-line se tornaram uma realidade inevitável e o Google, a Microsoft e a Amazon enfrentaram revoltas de seus próprios funcionários devido a lapsos éticos. Foi o ano em que a Apple se tornou a primeira companhia de trilhões de dólares - e depois perdeu US $ 250 bilhões quando bocejamos em relação a seus novos iPhones. 

Até mesmo o vídeo "Rewind 2018" do YouTube já é o vídeo mais detestado da história. 

Quando meus colegas do Washington Post e eu examinamos uma bola de cristal para fazer essa lista de nove manchetes intencionalmente provocativas que poderíamos ver em 2019, foi difícil ver além dos problemas que estamos trazendo para o novo ano. 

Novas tecnologias como redes 5G, transporte alternativo e inteligência artificial prometem mudar nossas vidas. Mas mesmo estes carregam muitas advertências a curto prazo. 

Sigo sendo otimista, a tecnologia pode melhorar nosso mundo. 

Sheryl Sandberg deixará o Facebook e os problemas da rede social continuarão

O Facebook, em 2018, por uma contagem conservadora, teve 21 grandes escândalos. Com a confiança do consumidor na capacidade da rede social de proteger os dados que caem mais rápido do que a bola do Times Square, o Facebook precisa fazer algo dramático para sinalizar que compreende a responsabilidade. Como ninguém pode desafiar o trono do co-fundador Mark Zuckerberg, não é difícil imaginar uma outra grande possibilidade: a saída da diretora de operações Sheryl Sandberg. 

Sandberg, que já passou uma década no Facebook, é uma executiva talentosa demais para ficar e continuar sendo responsabilizada pelos constantes problemas de Zuckerberg. Ela poderia ter o cargo de CEO em outra grande empresa que poderia ajudar a reconstruir sua imagem. (Que tal a Disney? O contrato do CEO Bob Iger expira em 2019.) Para o Facebook, a reviravolta que pode dar é a oportunidade de reiniciar seu modelo de negócios de vigilância em outros serviços e talvez até em assinaturas. Por que não podemos pagar pelo Facebook em vez de deixá-lo espiar para os anunciantes? 

Questionado sobre Sandberg no início deste ano, Zuckerberg disse à CNN: "Espero que trabalhemos juntos nas próximas décadas.” 

Tesla sobrevive, mas terá concorrência real

 Goste-se ou não dela, Elon Musk é o nosso novo Steve Jobs. Através de seu enfoque maníaco no produto - e às vezes apesar de seu comportamento errático - Tesla sobreviveu ao “inferno da produção” em seu de seu carro elétrico Model 3 em 2018 e até mesmo obteve um lucro. 

 Mas mais testes esperam por Tesla: precisa provar suas habilidades na direção autônoma, que Musk vem falando há anos. E em breve, a Tesla terá uma competição séria de carros elétricos, o que significa que precisa se apressar e vender um carro pelos US $ 35 mil originalmente prometidos por Musk para o Modelo 3 em 2017. A Volkswagen disse que poderia construir até 15 milhões de carros elétricos ao longo de vários anos. E é provável que em 2020 chegue ao mercado o ID, com autonomia de 595 km. E no topo, há o I-PACE da Jaguar, o Porsche Taycan, o Polestar da Volvo - e isso só para citar alguns. 

O Congresso americano segue falando sobre tecnologia - mas exerce pouco impacto. 

Há uma conversa bipartidária sobre o controle da área de tecnologia. Mas é provável que o Congresso esteja demasiado ocupado lutando por outras coisas em 2019 do que para aprovar a regulamentação para o setor. E as companhias de internet, que são poderosas operações de lobby por si mesmas, resistirão às mudanças realmente necessárias. 

Isso não quer dizer que a área tecnológica ainda não esteja na berlinda em Washington. Agora que os democratas controlam a Câmara, novas audiências podem se afastar das preocupações sobre o preconceito anticoncorrencial e partir em direção a sérios problemas de privacidade e antitruste. 

Também estamos aguardando a Federal Trade Commission para realizar sua investigação do lapso de privacidade de dados do Cambridge Analytica do Facebook. Mas a agência, cujo poder é limitado por lei, recentemente mostrou pouca habilidade para dar um sério golpe. 

A Apple vai tirar mais dinheiro de você

Com as pessoas esperando cada vez mais tempo para atualizar seus iPhones, a Apple não está mais interessada em vender hardware. Agora também está se tornando uma a empresa de serviços. As ofertas de assinatura da Apple já incluem o Apple Music para músicas, o iCloud para armazenamento e o AppleCare + para reparos. Em seguida: inscrições para notícias e vídeos. 

Mas à medida que a Apple se aprofunda no entretenimento, vai precisar de alguns parceiros para obter o conteúdo para seus iPhones e as maiores telas de nossas casas. A caixa de transmissão da Apple TV não é tão forte nos lares como a Roku e TVs inteligentes da Samsung e outras. A Apple não tem a reputação de ter boas parcerias com os outros, mas, já em dezembro, deu um passo inimaginável para fazer o Apple Music funcionar com os alto-falantes Echo, os mais vendidos na Amazon. 

O fracasso das scooters 

Andar de scooter elétrico pela cidade é divertido, no começo. Mas, como as cidades dos EUA aprenderam este ano, também são alvos de vandalismo, um incômodo na calçada e um risco de lesão. 

Mais meios de transporte são uma necessidade urbana, e menos dependência de carros é uma coisa boa. Mas os scooters habilitados para aplicativos são a idéia mais provável de transporte para fracassar, porque, em última análise, muitas pessoas não se sentem à vontade para dirigi-los. Até que mudanças dramáticas no design das ruas tornem-nas mais seguras para pequenos dispositivos elétricos, as bicicletas compartilhadas fazem mais sentido. E mesmo assim, ainda é uma fração das pessoas nos EUA que preferem ir à próxima reunião de Uber. 

 Os grandes IPOs do setor tecnológico chegam, mas conseguir valores elevados pode exigir preços crescentes para os clientes

 Espera-se que o próximo ano traga ofertas públicas iniciais de algumas das mais icônicas startups de tecnologia da última década: Uber, Lyft, Airbnb e Pinterest. Mas não espero que o Vale do Silício esteja festejando como em 1999. Neste momento, as condições do mercado são tão ruins que apenas os mais desesperados por dinheiro puxariam o gatilho nos próximos meses. O índice Nasdaq Composite, que contém muitas ações de tecnologia, perdeu cerca de 19% desde seu pico, em agosto. 

"O mercado de IPO pode não estar aberto para os negócios na primeira parte do ano", diz Kathleen Smith, diretora da Renaissance Capital. "É possível que muitos não sejam concluídos, e aqueles que forem feitos estarão com preços mais baixas". 

Muitas dessas empresas não foram forçadas a se concentrar na lucratividade, uma vez que foram apoiadas por investidores privados durante anos. Um novo foco nos lucros poderia exigir preços mais elevados para os clientes. 

Redes celulares 5G chegam e impressionam poucos no começo 

 Depois de anos de exageros, as redes 5G de última geração da AT & T e da Verizon estão finalmente surgindo nas cidades americanas, com a promessa de velocidades de internet super rápidas para telefones, carros, equipamentos de jogos e todos os tipos de dispositivos conectados. Mas provavelmente isso não mudará sua vida em 2019. Isso ocorre porque essas redes iniciais são limitadas a bairros específicos - não a cidades inteiras. Levará anos para que o 5G seja tão comum quanto as redes 4G LTE que usamos hoje. Enquanto isto, espere guerras de marketing onde as operadoras tentam nos convencer de que suas redes não realmente 5G já são 5G. 

 E há um problema de hardware: os primeiros dispositivos que podem aproveitar essas redes são apenas hotspots WiFi. A Apple vai esperar pelo menos até 2020 para colocar 5G em iPhones, de acordo com informações. A Samsung prometeu que lançará um smartphone compatível com 5G em algum momento em 2019, mas o aumento da demanda da nova rede provavelmente esgotará a bateria rapidamente. 

 A Samsung lança um smartphone dobrável: ele será extremamente caro 

 Depois de um longo período de seca, o design do smartphone está prestes a tornar-se interessante novamente. A Samsung planeja em 2019 vender um telefone que se desdobra como um livro para revelar uma tela de 7,3 polegadas internamento. A Samsung terá que provar que seu Infinity Flex Display é mais do que um truque, mas a idéia é que ele nos dá acesso a um telefone muito grande para trabalhar e assistir a vídeos e um pequeno telefone de bolso ao mesmo tempo. 

 Se você está intrigado, é melhor começar a economizar agora. A Samsung, como a Apple, está procurando razões para precificar telefones mais como laptops, enquanto esperamos mais e mais antes de atualizar. Com todo esse novo hardware, eu não me surpreenderia se o novo telefone da Samsung custasse US$ 2 mil ou mais.

Trump entra em uma grande luta com uma Amazon cada vez maior

 A previsão mais fácil de se fazer na última década é que a Amazon ficará maior. Em 2019, vamos comprar ainda mais coisas cotidianas on-line e fazer compras na crescente quantidade de lojas físicas da Amazon, como as lojas de conveniência Amazon Go nos aeroportos. Conectaremos nossas casas a ainda mais caixas de som, câmeras, relógios e aparelhos da Amazon para que eles possam trabalhar melhor em conjunto - e o varejista pode coletar ainda mais dados sobre nossas vidas. 

 E isso faz da Amazon a empresa mais propensa a entrar em conflito com o presidente Donald Trump, que usa a tecnologia como seu principal alvo de críticas depois da mídia. Isto já aconteceu em menor escala sobre as tarifas que o varejista paga ao Serviço Postal dos EUA. Com os tentáculos da Amazon se espalhando para mais áreas da economia, Trump terá muito o que discutir, desde o impacto no emprego até questões sobre se a Amazon ficou grande demais.

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