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Kika Marder, do Sel et Sucre: Natal garante 50% das vendas de dezembro | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Kika Marder, do Sel et Sucre: Natal garante 50% das vendas de dezembro| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Noéis ganham até R$ 9 mil

Nem só de risadas, carinhos e cartinhas com pedidos de presentes vive o Papai Noel. Em alguns casos, os profissionais que vestem a roupa vermelha e ocupam o trono natalino nos shoppings podem ganhar até R$ 9 mil nos período das campanhas de Natal dos empreendimentos. "O profissional pode ganhar de R$ 3 mil a R$ 9 mil. O valor muda conforme a experiência. Quem nunca trabalhou, ganha menos", explica a dona da promotora de eventos VCT & Cia, Carmen Arrata.

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Parte das empresas tem pouco trabalho nas últimas semanas do ano, e chega a dar férias coletivas aos funcionários. Mas, para muitos empresários, Natal é sinônimo de caixa cheio e complemento substancial no fluxo financeiro da empresa. Para algumas empresas, os negócios vinculados à festividade chegam a representar 30% de todo o faturamento anual.

O setor gastronômico está entre os que mais lucram nesta época do ano. O serviço de ceias prontas atrai clientes dispostos a pagar altos valores em busca de pratos elaborados e facilidades na noite do dia 24. O chef de cozinha Fabiano Marcolini, proprietário do restaurante Villa Marcolini, planejou vender 120 ceias e, se atingir a meta, o serviço irá representar 10% do faturamento anual do estabelecimento.

"O brasileiro sempre deixa para última hora. Em anos anteriores, eu ficava tenso e achava que não teria procura. Agora, não me preocupo mais porque sei que as encomendas começam lá pelo dia 18. Tradicionalmente, o faturamento no Natal é maior que no Dia das Mães e Dia dos Pais", explica Marcolini, que neste ano completa uma década oferecendo o serviço.

Apesar do aumento nas horas de trabalho – pode ficar dois dias sem dormir às vésperas do Natal –, o empresário diz que vale a pena. "Passamos a madrugada trabalhando para dar conta de todos os pedidos. É recompensador saber que, de alguma forma, estamos participando da festa das pessoas", afirma.

A chef de cozinha Kika Marder, proprietária do bistrô Sel et Sucre, também reconhece a importância do Natal no fluxo de caixa do bistrô. As encomendas de ceias, vendas de cestas de produtos e produção de eventos representam 50% do faturamento do mês de dezembro. "Este é o nosso segundo ano oferecendo ceias prontas. Já estamos com 30 encomendas e espero dobrar. Além disso, estamos realizando muitos eventos, em alguns casos, dois por dia", diz Kika.

De olho em outra parte do público consumidor, o tradicional restaurante Lellis é um dos poucos estabelecimentos da cidade que abre as portas na noite de Natal. Desde 1999, a estratégia tem dado certo. Dos 200 lugares oferecidos neste ano, 80% já estão reservados. "Nós elaboramos um cardápio diferenciado para atender a todos os gostos. Além disso, tem música ao vivo e champagne para os clientes. Sabemos que estamos entre os poucos que funcionam nessa data", diz o gerente da casa, Heitor Souza. A ceia custa R$ 120 por pessoa.

No ano que vem, o curitibano terá outra opção para jantar fora na noite de Natal: Marcolini já planeja abrir seu restaurante no dia 24. "Esse é um segmento forte na cidade. Existem pessoas que não querem fazer nada em casa, casais da terceira idade ou com filho pequeno e muita gente que não pode viajar por conta do trabalho. Esse público procura algum lugar para fazer a ceia. Não tenho dúvida que teria casa cheia, mesmo cobrando valor diferenciado."

Brindes

Há dois anos, a diretoria da empresa Wine Bebidas Finas identificou um segmento ainda pouco explorado no mercado de negócios ligados ao Natal. Segundo o proprietário Ricardo das Neves Luciano, a capital paranaense não contava com uma empresa que oferecesse brindes corporativos requintados. "Por aqui, as empresas de brindes oferecem canetas, camisetas e bonés, produtos mais simples. Nós investimos para entrar no segmento de brindes corporativos requintados. Hoje, disputamos os clientes com empresas de São Paulo", afirma.

Apesar da competição acirrada, que resultou na queda das vendas em relação ao ano passado, Luciano não reclama dos negócios. Os cinco mil brindes comercializados neste ano, entre simples e elaborados, vão representar 30% do faturamento anual da Wine. "No ano passado, as vendas de Natal representaram 50% do faturamento anual. Por causa da grande competição nesse segmento, algumas empresas não renovaram com a gente. Mas os negócios estão ótimos e ainda estamos trabalhando para aumentar as vendas."

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