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Shopping Jockey Plaza. em Curitiba: previsto inicialmente para ser inaugurado neste ano, shopping deve abrir as portas  em 2018. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Shopping Jockey Plaza. em Curitiba: previsto inicialmente para ser inaugurado neste ano, shopping deve abrir as portas em 2018.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Os empresários do setor de shopping centers devem inaugurar 30 unidades em 2017, totalizando 588 centros de compras em operação no país até o fim deste ano, de acordo com estimativa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

A abertura dos novos empreendimentos mesmo em meio à crise econômica decorre da retomada de projetos que já foram postergados nos anos anteriores, além da identificação de oportunidades de investimentos em cidades onde a economia permanece resiliente ao cenário adverso, segundo explicações do presidente da Abrasce, Glauco Humai. Em 2016, a associação previa a abertura de 30 empreendimentos, mas apenas 20 foram abertos, de fato.

“O shopping center é um empreendimento grande, que exige um planejamento longo, que pode levar mais de três ou cinco anos. Parte dos novos shoppings foram planejados em anos anteriores ao da crise ou acabaram adiados”, disse Humai. “A outra parte será aberta porque o Brasil continua sendo uma terra de oportunidades. Ainda há cidades carentes de um shopping, ou que têm uma economia forte”, completou, citando como exemplo municípios onde há forte atividade agropecuária.

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Dos 30 shoppings previstos para 2017, 80% estarão localizados em cidades do interior do país, sendo 77% em municípios de até 500 mil habitantes. Neste ano, 13 cidades receberão o primeiro shopping center, como são os casos de Três Lagoas (MS), Camaragibe (PE), Ananindeua (PA) e Paragominas (PA).

Humai admite que os shoppings inaugurados há menos de 24 meses têm uma vacância acima da média do portfólio total, que está em 4,6%. No entanto, ele considera o patamar de espaços vagos em níveis ainda saudáveis. “A curva de ocupação dos novos shoppings é um pouco mais lenta em momento de crise. Com a melhora da economia, essa curva deve ficar menor”, disse.

O presidente da Abrasce também procurou minimizar as dificuldades de atrair e manter lojistas nos shoppings. A renegociação de contratos e flexibilização dos aluguéis para combater a inadimplência dos lojistas é normal, na sua avaliação.

“À medida que a economia não dá sinais de melhora, ela (flexibilização dos pagamentos) vai continuar. Essa negociação sempre existiu e é salutar. Vai continuar acontecendo até chegar a um ponto de equilíbrio. Nós esperamos que a partir do terceiro trimestre, a economia vai melhorar”, disse, referindo-se à expectativa de equilíbrio.

Tendências

A superintendente da Abrasce, Adriana Colloca, avalia que uma das principais tendências do setor é o crescimento no número de outlets. “São shoppings especializados, que normalmente apresentam preços mais baixos do que os tradicionais, estão fora das capitais e atraem consumidores mais exigentes”, disse. Em 2016, foram abertos cinco outlets e mais cinco estão previstos até 2019.

A segunda grande tendência são os complexos multiuso, que reúnem shoppings e prédios residenciais, empresariais e/ou hotéis. “É uma relação de simbiose. O shopping gera conveniência para os prédios, que, por sua vez, geram fluxo de visitantes aos shoppings”, disse Adriana.

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