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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 0,68% nesta terça-feira (12), aos 39.679 pontos. A Bolsa chegou a abrir em alta, mas não resistiu às fortes desvalorizações de Petrobras e Vale e acabou indo para o campo negativo. Essa é a quinta queda consecutiva do Ibovespa, que não operava abaixo dos 40 mil pontos há quase sete anos

Nos mercados externos, o movimento é de alta, após quatro pregões de queda. Mas o clima ainda é de cautela por causa do petróleo, que voltou a cair pela manhã, renovando os valores mínimos desde 2004. O barril do tipo Brent atingiu mínima de US$ 30,43, mas agora opera estável, a US$ 31,55.

O dólar comercial opera recua agora 0,61%, cotado a R$ 4,027 para venda. Globalmente, a divisa americana também registra estabilidade contra uma cesta de dez moedas, de acordo com o índice Dollar Spot, da Bloomberg.

As ações da Petrobras registram forte queda, recuando 7,12% (ON, com direito a voto, valendo R$ 7,12) e 6,89% (PN, sem voto, a R$ 5,67). Desde abril de 2003 a Petrobras PN não operava cotada abaixo dos R$ 6.

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Quando o histórico da cotação é ajustado considerando a distribuição de proventos — ajuste essencial, segundo analistas, para evitar distorções —, desde 22 de junho de 2004 a Petrobras PN não operava abaixo dos R$ 6, segundo dados da plataforma Economática, que realiza esse tipo de ajuste. No seu pico, a ação chegou a valer R$ 41,18, em maio de 2008 (valor também ajustado pela distribuição de proventos).

Corte nos investimentos

A Petrobras anunciou nesta terça-feira que seu Conselho de Administração aprovou novos cortes nos investimentos da companhia para os próximos anos, tendo em vista a forte queda dos preços do petróleo e a valorização cambial. Segundo fato relevante divulgado pela companhia, no período 2016-2019, os investimentos totais cairão para US$ 98,4 bilhões, contra os US$ 130,3 bilhões previstos anteriormente, um corte de 24,5%.

No ano de 2015 os investimentos caíram dos US$ 25 bilhões previstos para US$ 23 bilhões. Para este ano os investimentos terão um pequeno aumento, passando dos US$ 19 bilhões previstos em outubro do ano passado para US$ 20 bilhões. A Petrobras reviu suas previsões de cotação do petróleo Brent para US 45 o barril neste ano.

“O mercado está ficando apreensivo com a Petrobras porque o ano é desafiador. Na prática, pouca coisa foi feita no que diz respeito a desinvestimento. Até que ponto ela vai conseguir levantar caixa com o petróleo nesses níveis? Isso tudo traça um cenário complicado”, afirmou João Pedro Brugger, da Leme Investimento.

Vale

A Vale também registra forte desvalorização, recuando 6,34% (ON, a R$ 9,59) e 5,68% (R$ 7,47). Hoje, a companhia sacou US$ 3 bilhões de um total de US$ 5 bilhões em linhas de crédito rotativo. O objetivo é amortizar títulos da dívida que a companhia emitiu no exterior e aumentar sua liquidez até a conclusão de programa de desinvestimentos.

Na outra ponta do Ibovespa estão as ações do setor bancário. O Banco do Brasil ON avança 1,25%, enquanto o Bradesco PN registra alta 1,02%. O Itaú Unibanco ON sobe 1,79%. A Itausa, holding do Itaú, avança 1,67%, enquanto a Cielo tem alta de 1,29%.

Na Europa, o dia é de alta forte, puxada pelas fabricantes de automóvel. O índice Euro Stoxx 50 sobe 2,27%, enquanto a Bolsa de Londres valoriza-se em 1,78%. Em Paris, o pregão avança 2,49%, e em Frankfurt, 2,5%.

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