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O temor em relação ao futuro da Petrobrás fica ainda mais explícito quando comparado o lucro das duas empresas. Apesar de já valer menos, a estatal brasileira lucrou US$ 12,123 bilhões no ano passado, um recorde histórico para empresas latino-americanas. Já a América Movil alcançou um terço disso: US$ 4,015 bilhões.

No mercado, o resultado foi inverso. Neste ano até o dia 14 de fevereiro, as ações ordinárias da Petrobrás acumulam perdas de 8,49% e as preferenciais, de 9,32%, enquanto os papéis da América Móvil subiram 8,29%. No caso da Companhia Vale do Rio Doce, a alta acumulada das ações ordinárias chega a 17,9% e das preferenciais, a 17,71%.

A trajetória do preço do petróleo no mercado internacional também é fundamental para a formação de preço da ação da estatal brasileira. Quando o preço da commodity sobe, o efeito nos papéis é imediato. Mas as expectativas, segundo os analistas da Socopa, são de que a commodity sofra oscilações de curto prazo, dependendo dos estoques e outros acontecimentos, e fique na faixa de US$ 55 a US$ 56 neste ano. Ontem, o barril de petróleo cru para entrega em março fechou a US$ 57,26.

Luiz Roberto Monteiro, da corretora Souza Barros, ressalta ainda que o lucro da Petrobrás, apesar de robusto, ficou abaixo do esperado em 2006. Um dos motivos foi o aumento de custos.

Em reais, o lucro da Petrobrás atingiu R$ 25,9 bilhões no ano passado – alta de 9% sobre 2005. O resultado do quarto trimestre, entretanto, caiu 27% em relação ao terceiro, para R$ 5,2 bilhões. A corretora Brascan, por exemplo, acreditava que o lucro da empresa de petróleo chegaria a R$ 28,3 bilhões no ano. Já o Crédit Suisse apostava em R$ 27,1 bilhões e a corretora Ágora, em R$ 26,9 bilhões

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobrás, Almir Barbassa, disse que no fim do ano passado os custos foram mais elevados em razão de estoques adquiridos no terceiro trimestre, o que causou impacto no resultado final.

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