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O CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, conversa com os traders na estreia da empresa na Bolsa de Nova York.
O CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, conversa com os traders na estreia da empresa na Bolsa de Nova York.| Foto: Johannes EISELE / AFP

O Uber estreou nesta sexta-feira (10) na Bolsa de Nova York com uma cotação próxima do piso e viu seus papeis perderem ainda mais força ao longo da manhã. As ações estrearam cotadas US$ 42. Próximo do meio-dia (13 horas no Brasil), os papeis já tinham caído 8%, para US$ 41,44, o que significaria um valor de mercado de cerca de US$ 71 bilhões para a companhia. Neste fim de tarde, próximo das 16h lá, a cotação é de US$ 41,57, mostrando uma leve recuperação dos papeis.

O maior IPO de 2019 ocorreu em um dia de alta volatilidade e tensão global, principalmente em razão da guerra comercial entre Estados e Unidos e China. A Lyft, a segunda maior companhia de compartilhamento de carona do mercado norte-americano e que também estreou na Bolsa neste ano, também viu suas ações caírem na esteira do Uber: -8,2% ainda pela manhã; -3,95% agora à tarde; e mais de 20 pontos percentuais abaixo de seu preço de estreia.

Nos últimos dias, analistas levantaram sérias dúvidas sobre o real potencial do Uber - algo natural diante da estreia de qualquer empresa no mercado financeiro - em entregar resultados aos seus investidores. O resultado foi um valuation muito mais conservador do que o esperado, começando pela própria abordagem do Uber, que escolheu a cotação de US$ 45 para estrear, um dólar apenas acima do piso de US$ 44 levantado para a empresa. O pico era de US$ 50.

A última avaliação privada da empresa estava em US$ 76 bilhões. O valor totalmente diluído no IPO, incluindo unidades de ações restritas e outras ações, pode ser de cerca de US$ 82 bilhões.

Austin Geidt, um funcionário que começou no Uber em 2010 e hoje trabalha na divisão de carros autônomos da companhia, foi quem tocou o sino do início da sessão desta sexta-feira nem Nova York, enquanto um vídeo sobre como a empresa atua pelo mundo passava em grandes telões. Em um balcão, estava o co-fundador Travis Kalanick, acompanhado de seu pai.

"Vemos o preço conservador do Uber como uma estratégia inteligente e prudente, que aprendeu com seu 'irmão mais novo' Lyft e o teste pelo que passou no último mês", disse Dan Ives, analista da Wedbush Securities.

Mesmo na faixa de preço mais baixa, a estreia do Uber será o nono maior IPO de todos os tempos e o maior em uma bolsa dos EUA desde o recorde mundial de US$ 25 bilhões Alibaba Group Holding Ltd. em 2014, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Desde a crise financeira de 2008, apenas dois outros IPOs dos EUA superaram esta marca: a oferta de US$ 16 bilhões em 2012 pelo Facebook e a oferta de US$ 18 bilhões pela General Motors em 2010, após o resgate do governo dos EUA.

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