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As potências econômicas mundiais enfrentam forte pressão nesta sexta-feira para que apresentem remédios drásticos para ressuscitar o sistema bancário e por fim à venda desenfreada de ativos financeiros.

Ministros de Finanças e diretores de bancos centrais das sete nações mais desenvolvidas do mundo (G7) se encontrarão em Washington tendo como pano de fundo a retomada das quedas abruptas de ações de bancos, mesmo depois de operações de socorro às instituições financeiras, injeções de recursos nos mercados e corte coordenado de juros, medidas que acabaram sendo insuficientes para garantir a retomada do fluxo de dinheiro.

O banco Morgan Stanley estará sob os holofotes em Wall Street, que parece estar pronta para seguir as quedas acentuadas registradas nos mercados asiático e europeu.

Investidores se mostram reticentes sobre o acordo entre o Morgan e o banco japonês Mitsubishi UFJ. Nos últimos três dias, as ações do Morgan Stanely perderam praticamente metade de seu valor diante das preocupações de que o acordo de injeção de recursos por parte do parceiro japonês pode não sair.

Na tentativa de destravar os empréstimos bancários, o governo dos Estados Unidos avalia a possibilidade de garantir bilhões de dólares em dívidas bancárias e oferecer garantia temporária para todos os depósitos bancários, informou o The Wall Street Journal.

As ações nos mercados europeus amargavam quedas de aproximadamente 8 por cento. De segunda a quinta-feira, os mercados acionários do continente perderam mais de 15 por cento e operam agora no menor patamar desde 2003.

O índice Nikkei da bolsa de Tóquio tombou 10 por cento, registrando a maior queda diária desde 1987 e perdendo praticamente 25 por cento de seu valor na semana.

"Parece que o sistema financeiro perdeu sua capacidade de funcionar", afirmou Mike Lenhoff, estrategista-chefe de mercados da Brewin Dolphin, em Londres.

A crise financeira fez nesta sexta-feira sua primeira vítima japonesa: a seguradora de capital fechado Yamato Life Insurance, que tinha um total de 2,7 bilhões de dólares em dívidas.

Mas as atenções se voltarão para o encontro do G7, ainda nesta sexta-feira, e do encontro dos ministros do chamado G20 Financeiro --que inclui grandes economias emergentes como o Brasil--, no sábado.

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