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Em entrevista no Brasil, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, afirmou que o acordo da organização em Bali, realizado há duas semanas, "não foi pequeno, nem fácil" como, segundo ele, disseram críticos. Azevedo lembrou que a facilitação do comércio internacional, principal ponto do acordo, era um tema que havia começado a ser discutido antes da Rodada de Doha, sempre sem sucesso."As perspectivas são de ganhos de centenas de bilhões de dólares ao ano", afirmou Azevedo.

Segundo ele, a organização agora está reunida para criar os termos para a implementação do acordo e decidir quando ele entra em vigor. E se preparando para apresentar uma solução para avançar com a Rodada de Doha, que deve ser apresentada em até 12 meses. Segundo ele, é preciso repensar o que levou a OMC ao sucesso na negociação de Bali e aos fracassos anteriores para apresentar uma nova solução para decidir a melhor forma de avançar.

"Vamos trocar ideias em Genebra sobre porque Bali deu certo, qual a diferença do acerto para as falhas anteriores. Foi uma questão de substância? De processo? De momento de conjuntura política? Temos que pensar no que nos levou ao sucesso e o que nos levou ao fracasso nos momentos anteriores e pensar em como avançar. Avançamos com pacotes limitados? Com uma agenda de novo parcelada? De uma maneira mais abrangente olhando para a totalidade?", disse Azevedo.

Segundo ele, a melhor forma de fazer com que os acordos multilaterais possam suplantar acordos bilaterais é voltar a desenvolver o braço negociador da OMC. Segundo ele, a implementação de muitos acordos bilaterais poderão criar dificuldades maiores ao comércio internacional tendo como resultado aumentar os custos de transação.

Azevedo afirmou ainda que o comércio internacional ainda está "anêmico", com previsão de crescimento de apenas 2,5% e a perspectiva de crescimento de 4% em 2014, bem abaixo da média histórica de 6% ao ano. Segundo ele, não foram feitas estimativas sobre o impacto para o comércio mundial do início da retirada dos estímulos à economia nos Estados Unidos.

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