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A redução no consumo de carne de aves na Europa e na Ásia, por conta da gripe aviária, e o embargo às exportações brasileiras de carne suína, causado pela febre aftosa, afetaram bastante as exportações da Perdigão no ano passado. A receita com vendas ao mercado externo caiu 13,3% na comparação com 2005 – resultado que mostra também o impacto da valorização do real frente ao dólar. Com isso, a companhia lucrou R$ 117,3 milhões em 2006, resultado 67,5% inferior ao do ano anterior, segundo o balanço divulgado ontem.

O impacto do mercado externo pode ser visto na recuperação da empresa no último trimestre do ano, quando os principais mercados importadores voltaram a comprar carne brasileira – aliado à alta do consumo interno com as festas de fim de ano. Assim, no último trimestre do ano, o lucro líquido da Perdigão subiu 2,4% frente ao último trimestre de 2005, passando de R$ 109,1 milhões para R$ 111,7 milhões. Só as exportações cresceram 7,2% no período, para R$ 734,6 milhões.

O tombo no resultado anual só não foi maior porque o mercado interno absorveu boa parte da produção não exportada. Assim, a atividade de carnes cresceu 8% em receita e 12,4% em volume comercializado no ano passado. "Em virtude da retração do consumo internacional que levou ao redirecionamento de volumes para o mercado interno, os produtos in natura tiveram boa performance, com crescimento de 53,1% em volumes e 30,8% em receitas", informou a empresa em nota à imprensa.

Batávia

A aquisição de 51% do capital acionário da paranaense Batávia, em maio do ano passado, foi considerada um dos destaques do ano pela Perdigão no balanço divulgado ontem, pois marcou a entrada da empresa no segmento lácteo. Na atividade de lácteos, as vendas somaram R$ 446,8 milhões no ano passado, representando 12,3% da receita total do mercado interno.

A Batávia custou R$ 101 milhões à Perdigão, valor que foi computado no balanço como investimento. No ano passado, a empresa investiu R$ 636,9 milhões, valor 127% superior ao de 2005 (R$ 280 milhões).

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