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O forte desempenho dos produtos agropecuários, do lado do atacado, e o retorno dos preços do varejo para o campo inflacionário foram os principais fatores que fizeram com que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) continuasse se acelerando em sua primeira prévia de setembro, anunciada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A avaliação é de analistas do Banco Fator e do Bradesco, que acreditam que itens agrícolas seguirão sustentando o indicador. O índice variou 0,99%, acima do 0,42% registrado no primeiro decêndio de agosto e do 0,77% do fechamento do mês passado.

"Contando-se as prévias e indicadores cheios do IGP-M, essa já é a quinta vez consecutiva em que há aceleração (desde o IGP-M fechado de julho)", observaram economistas do Banco Fator. Eles chamaram atenção para a forte aceleração apresentada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), de 0,75% na primeira prévia de agosto, para 1,44% agora. O arrefecimento do minério de ferro, de 16,92% para 4,98%, foi compensado por itens como algodão, milho e carne bovina – todos abandonaram a deflação mostrada no primeiro decêndio de agosto. O óleo de soja, que havia ficado estável, pulou para uma alta de 23,20%.

Fim da deflação

Os dois bancos também chamaram atenção para a migração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do campo negativo para o positivo – de -0,40% na primeira prévia de agosto para 0,16% agora. Com isso, o índice interrompeu três meses consecutivos de deflação.

"O 1.º decêndio do IGP-M de setembro mostra que a inflação ao consumidor voltou a acelerar no fim de agosto, com o fim da deflação nos grupos Alimentação e Vestuário. O IPA mostrou que, mesmo com a menor variação do preço do minério de ferro, o IPA agrícola será fonte de inflação ao produtor nos próximos me­­ses", escreveram os analistas do Fator. No Bradesco, os economistas compartilham a visão de que os itens agropecuários seguirão sustentado o índice: "Esperamos continuidade do movimento apresentado pelos produtos agrícolas nessa prévia".

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