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Avião da Air Europa
Avião Boeing 787-9 Dreamliner da Air Europa. Empresa pediu registro no Brasil em razão da MP de Temer.| Foto: Divulgação/Air Europa

A diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou na tarde desta quarta-feira a concessão de exploração de serviço regular de passageiros à Globalia Linhas Aéreas Ltda, grupo que administra a Air Europa. É a primeira aérea internacional a solicitar outorga para constituição de empresa com 100% de capital estrangeiro em operação regular de passageiros no país.

Com a aprovação, e após a emissão do certificado de operador aéreo, a empresa poderá atuar também no mercado doméstico brasileiro. Hoje, a Air Europa já opera em rotas internacionais partindo e chegando no país, dos aeroportos Salvador, Recife e São Paulo para Madrid.

Publicada nesta quarta-feira, a concessão da empresa ocorreu na vigência da MP 863, que permite o investimento de até 100% de capital estrangeiro em empresas aéreas. A medida vai a votação no Senado nesta quarta para ser convertida em lei.

Segundo o analista Ilan Arbetman, da Ativa Investiomentos, uma eventual vinda da Air Europa não terá o poder de revolucionar o mercado brasileiro.

“Ela tem mais um poder figurativo", diz o analista. Um das razões é o porte da Air Europa. Atualmente, a frota da empresa espanhola - que atua nos mercados europeu, africano, sul-americano e no Oriente Médio - é formada por 44 aviões, segundo o site Airfleet.net. Só para comparar, a Azul tem 127 aviões, a Latam, 143 e a Gol, 119.

Norwegian tem interesse no Brasil

Outra empresas que têm interesse em operar com voos domésticos no Brasil é a Norwegian, que começou a operar na rota entre Londres e Rio de Janeiro no começo de abril. Em entrevista à Época Negócios,em abril, o vice-presidente de vendas e distribuição, Lars Sande, não descartou que o grupo use a mesma estratégia adotada na Argentina.

“Acho que é definitivamente um caminho possível, se vermos que a rotas de Londres está indo bem. Abriria muitas portas para nós”, disse o executivo.

Em setembro, a empresa iniciou os voos entre Londres e Buenos Aires, e em outubro, com um avião, iniciou as operações domésticas, com voos entre a capital argentina e as cidades de Cordoba e Mendoza. Atualmente, são três aviões que operam em seis destinos. Um quarto avião deve ser reincorporado à frota até o final do ano e a empresa já faz planos de voar para Ushuaia, no sul do país.

A Norwegian, de origem norueguesa, é a quinta maior companhia aérea low-cost do mundo. operando 500 rotas para 150 destinos na Europa, Norte da África, Oriente Médio, Sudeste Asiático e América do Sul. Com 163 aviões em operação, segundo o site especializado Airfleet.net, a empresa tem 11 mil funcionários e transportou mais de 37 milhões de passageiros no ano passado.

Chilena Sky Airline estuda o Brasil

Outra empresa que tem interesse em operar no Brasil, segundo a Exame é a chilena Sky Airline. A segunda maior empresa aérea chilena opera voos para o Brasil desde o ano passado, chegando em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Durante o verão, operou voos sazonais entre Santiago e Florianópolis. A empresa, que tem 17 aviões em sua frota, segundo o site Airfleet.net, iniciou em abril as operações domésticas no Peru.

JetSmart olhou ativos da Avianca

Quem também tem planos de expansão na América do Sul é outra chilena, a JetSmart, pertencente ao fundo de investimentos norte-americano Indigo Partners. A empresa estreou no Chile em 2016 e na Argentina, neste ano. O Valor noticiou que a empresa teria se interessado nos ativos da Avianca Brasil, que está em recuperação judicial desde dezembro, mas o presidente da empresa, Estuardo Ortiz, negou à rádio Bloomberg que pretende fazer uma oferta.

Mesmo assim, as ambições da empresa são grandes: o executivo disse, no início do mês, que no longo prazo, a JetSmart pretende ser a maior low-cost da América do Sul.

Apesar de operar com oito aviões no Chile e três na Argentina, o cacife da Indigo Partners é grande. Além da JetSmart, ela controla a Frontier Airlines, a oitava maior companhia aérea naquele país e tem participações na mexicana Volaris e na europeia WizzAir. Juntas, essas três companhias têm 275 aeronaves.

No Dubai AirShow, em 2017, o grupo anunciou a encomenda de 430 aviões para serem entregues a partir de 2021, em um contrato estimado em US$ 49,5 bilhões. Desses 70 estão planejados para serem incorporados à frota da JetSmart.

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