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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Apesar de a cesta básica de Curitiba registrar a terceira menor alta do país em 2007, o valor acumulado entre janeiro e outubro (6,65%) já supera a expectativa oficial da inflação (IPCA), que é de 4,5%. A alta acumulada em 12 meses dos alimentos é de 8,54%. Brasília e Goiânia têm as menores inflações de alimentos do ano, enquanto Vitória tem a maior.

Em outubro, Belém e São Paulo encabeçam a lista de maiores altas e Curitiba aparece em 9.º lugar. O preço da cesta de 13 produtos pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para a capital paranaense subiu 1,43%. Em setembro, a cesta já havia subido quase na mesma proporção (1,34%). O custo da cesta para uma pessoa é atualmente de R$ 179,15.

Enquanto em 2006 os alimentos caíram de preço, fechando o ano com recuo de 5%, nos últimos três meses os preços sobem constantemente. As maiores variações são registradas por períodos de entressafra e fortes chuvas, que prejudicam o início da colheita. É o caso do preço da batata, que subiu 16,8% em outubro, seguido pelo da banana, que aumentou 12,7% – e 22% nos últimos dois meses.

Também infuenciado pelo período de entressafra, o arroz ficou 7,5% mais caro em Curitiba, capital em que o produto mais subiu. A alta é de 14,7% desde julho.

Outros produtos sobem ao ritmo das cotações internacionais. É o caso do óleo de soja, que vem subindo desde agosto e em outubro ficou 5% mais caro. Desde agosto, acumula 10,5% de alta.

Outro exemplo é a farinha de trigo, com alta de 4,9% em outubro e de 14,6% desde junho. "Apesar de a safra do trigo ocorrer no segundo semestre, este ano houve quebra pelo inverno rigoroso e redução da área plantada. Com isso o país precisa importar, e a cotação está alta", explica o economista do Dieese, Sandro Silva.

A deflação da carne (-1,6%) se repete na soma dos primeiros dez meses do ano (-3,3%), enquanto o açúcar registrou a maior queda, de 10,9%, devido à boa safra.

Para novembro e dezembro, Silva vê possibilidade de que os preços permaneçam em sua maioria estáveis ou até caiam um pouco. "Vai depender do leite", diz. Com a versão longa vida em investigação pelo Ministério da Saúde, o preço da versão em saquinho, que caiu 8,7% em outubro, pode vir a aumentar. Isso depois de o consumidor ter arcado com preços 48,1% maiores para comprar leite entre março e setembro.

Outros produtos que podem sofrer novas altas são o arroz, o trigo e o óleo de soja, além da carne, cujo consumo aumenta tradicionalmente no fim de ano.

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