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O banco Sachs prevê que a alta de commodites que vão de minério de ferro a ouro não vai se manter e estima, ainda, que os preços de cobre e alumínio cairão até 20% no próximo ano. O relatório publicado na segunda-feira (7) afirma também que o preço do barril de petróleo vai flutuar entre US$ 20 e US$ 40

Qualquer elevação das cotações das matérias-primas pode estimular uma maior oferta no mercado, dificultando a sustentação de qualquer avanço, analistas do banco indicaram no documento.

O banco manteve uma perspectiva de baixa para o ouro e disse que a alta de mais de 19% do minério de ferro na segunda-feira se mostraria temporária. Segundo o Goldman Sachs, é um bom momento para apostar que o cobre e o alumínio vão cair.

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“Preços mais altos são muito mais difíceis de se sustentar em um mercado conduzido pela oferta já que a oferta aumenta com preços maiores”, disseram os especialistas. “Mas essa lição provavelmente só será aprendida através de falsos começos”.

O minério de ferro passou por um rali dos preços na segunda-feira, avançando mais de 19% (US$ 63,74/tonelada) após legisladores chineses demonstrarem intenção em apoiar o crescimento econômico. A alta segue o movimento de cobre na sexta-feira, quando a tonelada alcançou US$ 5 mil, e o petróleo, que atingiu a maior cotação desde dezembro, acima dos US$ 40.

Com uma queda do dólar americano, dados chineses indicando um aumento do recorde em novos créditos em janeiro e os ganhos do petróleo provavelmente levaram os metais a subir em 2016, os “condutores estruturais do mercado em baixa” que contribuíram para um colapso nos últimos 5 anos permanecem intactos, segundo o banco.

“Com uma alta significante dos preços, e com o caso estrutural de metais básicos permanecendo baixos, nós recomendamos que os produtores e investidores com horizontes a longo prazo comecem a implementar estratégias de cobertura e considerem posições curtas para o cobre e alumínio no próximo mês”, aponta o Goldman Sachs.

Para o banco, o cobre deve cair a US$ 4 mil por tonelada e o alumínio para US$ 1.350. A desalavancagem na China e nos mercados emergentes, um dólar mais forte no futuro, deflação do custo da mineração e forte crescimento da oferta, principalmente do cobre devido ao boom anterior do gasto de capital, devem manter preços de metais sob pressão no próximo ano, prevê a instituição financeira.

No geral, achamos que a probabilidade de uma melhora sustentável na demanda chinesa durante 2016/2017 é baixa.”

Goldman Sachs

Petróleo em excesso

Enquanto isso, o atual mercado petroleiro enfrenta a sobreoferta da commodity e os preços precisam continuar baixos para que as reservas diminuam significativamente, o que colabora para o reequlíbrio do mercado, disse o Goldman Sachs.

“Somente um déficit físico real pode criar um rali sustentável, que está a meses de distância, se as mudanças comportamentais criadas pela baixa dos preços em janeiro e fevereiro permaneçam”, aponta.

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