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Boeing 767 da Air Transport International, subsidiária da Air Transport Serivces. | Divulgação/Air Transport International
Boeing 767 da Air Transport International, subsidiária da Air Transport Serivces.| Foto: Divulgação/Air Transport International

A Amazon, gigante americana do setor de comércio eletrônico, está fortalecendo planos de criar sua própria rede de entregas aéreas.

A companhia anunciou nesta quarta-feira (9) que vai arrendar 20 aviões de carga modelo Boeing 767 do grupo Air Transport Services, o que fez as ações do grupo avançarem ao nível máximo em seis anos.

Como parte do acordo anunciado, a Amazon também tem o direito de comprar até 19,9% das ações ordinárias durante cinco anos a US$ 9,73 por papel, seguindo cotação de fechamento desta quarta-feira.

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O acordo mostra o compromisso da Amazon em expandir sua rede logística para realizar entregar de forma mais rápida e eficiente. A companhia quer reduzir a dependência dos serviços de correio americanos United Parcel Service e FedEx, que já registraram atrasos em épocas de movimento intenso, como as festividades de fim de ano.

“Essa é a primeira confirmação formal de que a Amazon está de fato buscando uma rede de transporte aéreo e mais serviços de logística”, afirmou Colin Sebastian, analista do Robert W Baird & Co., à Bloomberg. “Nós podemos dispensar toda a especulação e realmente esperar algo real e que aconteça.”

As ações do Air Transport Services avançaram em maior ritmo desde março de 2010, subindo até 27%. Os papeis ganharam 18%, a US$ 13,89, às 15h12. As ações da Amazon caíram quase 1%, a US$ 555,22.

Segundo a FedEx, o anúncio não foi uma surpresa. “Trabalhamos juntos à Amazon e estamos atentos há algum tempo quanto à necessidade de capacidade aérea suplementar ligada à gerência de estoques”, afirmou Patrick Fitzgerald, vice-presidente sênior de comunicação e marketing integrado. ”A Amazon continua a ser um cliente valioso.”

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Os planos da Amazon agora avançam rapidamente. Após alugar cinco aviões de carga no ano passado para uma rede experimental, ela buscará mais 15 até o fim deste ano, afirmou o Air Transport Services em teleconferência com analistas. Sob os termos do acordo, a Amazon vai manter os arrendamentos por cinco a sete anos.

Enquanto a Amazon busca aumentar o número de assinantes “prime”, que pagam taxa anual e têm frete grátis sobre milhões de produtos, o acordo com o Air Transport Service vai “garantir uma capacidade de carga aérea para suportar fornecimento de um e dois dias para clientes”, afirmou David Clark, vice-presidente sênior de operações globais e serviço ao cliente em comunicado.

A Amazon tem organizado sua estratégia há alguns anos. Um relatório divulgado em 2013 pela equipe sênior de gerenciamento da Amazon propôs uma agressiva expansão global do serviço “Fulfillment By Amazon”, que oferece armazenagem, empacotamento e envio a comerciantes independentes vendendo produtos no site da empresa.

O projeto buscava formar uma rede de entrega global que controle o fluxo de bens de fábricas na China e na Índia à porta dos consumidores em Atlanta, Nova York e Londres, segundo uma fonte próxima à iniciativa, que pediu anonimato devido à confidencialidade do assunto.

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