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Cálculos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontam que a redução do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos, em vigor desde o final maio, trouxe uma renúncia diária de R$ 8,3 milhões em impostos para o governo federal. Segundo a entidade, o valor é a diferença da perda diária de receita de R$ 20,3 milhões com o renúncia do IPI, compensada pelo aumento na arrecadação do PIS/Cofins, de R$ 12 milhões por dia, graças ao crescimento nas vendas de veículos.

No entanto, se forem considerados os ganhos de Estados com o Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), houve um aumento total na arrecadação de impostos no País, pós-queda do IPI, de R$ 5,7 milhões por dia.

Segundo o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, a média diária de vendas saiu de 12,4 mil de automóveis e comerciais leves antes da queda do IPI para 16,9 mil depois da redução, uma alta de 35,2%. "Esperamos que essa média siga até outubro (quando deve acabar o benefício fiscal)", disse Belini. O nível de emprego no setor automotivo cresceu de 145 mil postos, em maio, para 147,7 mil, em agosto. "A medida alavancou ainda outros setores, já que existem cerca de 200 mil empresas na cadeia", disse.

De acordo com Belini, as montadoras e o governo não discutem medidas para que a redução no IPI ou qualquer outro imposto seja permanente. "Infelizmente é a realidade, e vamos sentar no final de outubro e negociar. Uma queda permanente depende de ampla reforma fiscal e não sai do dia para a noite", afirmou.

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