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Nem só de iates luxuosos e barcos de pesca vive hoje o tráfego marítimo de Angra dos Reis, balneário turístico no litoral sul-fluminense, a 150 quilômetros do Rio. O fluxo de grandes petroleiros é cada vez maior na região, reflexo de mudanças na logística de petróleo da Petrobras, que levaram a cidade ao posto de maior exportadora do País.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (Secex), Angra dos Reis exportou US$ 5,064 bilhões entre janeiro e julho deste ano, um crescimento de 110% com relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2010, a cidade ultrapassou tradicionais exportadores como São Paulo e Santos na lista dos municípios com maior receita em comércio exterior do País.

Do total exportado por Angra, 99,36% refere-se a petróleo bruto e 0,43% a combustíveis e lubrificantes para os petroleiros. Ou seja, praticamente não há outro bem exportável na cidade. E, curiosamente, Angra dos Reis não produz uma gota de petróleo: todo o óleo que passa pelo município vem de campos produtores em alto mar, principalmente na Bacia de Campos. Angra é o sexto maior arrecadador com royalties do País, com uma receita acumulada entre janeiro e julho de R$ 51,4 milhões.

A cidade se tornou hoje uma espécie de hub exportador de petróleo, concentrando a produção da Bacia de Campos e transferindo-a a grandes petroleiros que levam a commodity para países importadores, principalmente China, Índia e EUA. O Brasil exportou este ano uma média de 623,5 mil barris por dia, volume superior ao registrado pelo Equador e próximo ao do Catar, dois países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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