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Antiga loja do Mercadorama, no bairro Seminário,foi alugada pela Petz e pela Kalunga. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Antiga loja do Mercadorama, no bairro Seminário,foi alugada pela Petz e pela Kalunga.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O imóvel que era sede do antigo Mercadorama do Seminário – fechado no fim de 2015 junto com outra dezena de lojas do grupo Walmart – vai abrigar unidades da Petz (antiga Pet Center Marginal) e da Kalunga. O grupo paulista de pet shop vai inaugurar a primeira megaloja em Curitiba e a rede de materiais para escritório e itens de informática vai abrir a segunda unidade na capital paranaense, a primeira fora de um shopping center. As obras já foram concluídas, mas as inaugurações ainda não têm datas definidas porque dependem do alvará do Corpo de Bombeiros.

O local foi desocupado pelo grupo Walmart no início do ano passado, após a rede de supermercados ter anunciado o fechamento de 13 unidades no Paraná em 31 de dezembro de 2015. Entre as lojas que encerraram as atividades estava o Mercadorama do bairro Seminário, na esquina com a General Mário Tourinho. Todos os estabelecimentos que funcionavam dentro do imóvel, na parte externa do mercado, também tiveram que fechar as portas.

Imóveis deixados pelo Mercadorama começam a ser ocupados

Um ano depois, o ponto comercial volta a ser ocupado por duas grandes redes paulistas. O imóvel tem três mil metros quadrados de área de venda e será dividido entre a Petz e a Kalunga, na proporção dois para um. A reforma do espaço foi finalizada em dezembro e a inauguração depende da liberação do alvará do Corpo de Bombeiros, o que ainda não tem data para acontecer. A expectativa, segundo o diretor comercial da Kalunga Hoslei Pimenta, é que a autorização saia em 30 dias.

Parceria

A ideia de fazer uma parceira para dividir o imóvel partiu da Petz. A rede, quando ficou sabendo do imóvel disponível no bairro Seminário, entrou em contato com os administradores do local para fechar contrato. Mas, como o ponto tinha 3 mil metros quadrados de área de vendas e, por padrão, uma unidade da Petz tem até 1,5 mil metros quadrados, a solução foi fechar a parceria com a Kalunga. As empresas já dividem o mesmo espaço comercial em Alphaville, Sorocaba e Praia Grande.

Petz

A Petz, antiga Pet Center Marginal, é um dos maiores grupos de pet shop do país. A empresa começou em 2002, às margens da Marginal Tietê, na zona Norte de São Paulo, e foi uma das pioneiras no conceito de megaloja para animais. Com a ideia de ser um shopping para os bichos de estimação, as unidades possuem até 1,5 mil metros quadrados e cerca de 20 mil produtos nacionais e importados para todas as espécies de animais. Há também centro de estética e clínica veterinária.

A loja de Curitiba marca a entrada da Petz na região Sul. “Já prospectávamos entrar em Curitiba há uns três anos, mas somos muitos exigentes quanto ao ponto. Quando surgiu a oportunidade do imóvel deixado pelo Mercadorama, em meados do ano passado, alugamos o local”, conta Sergio Zimmermann, fundador e presidente da rede.

O estabelecimento terá 1,5 mil metros quadrados de área de venda e empregará 40 pessoas. Estará a poucas quadras da Cobasi, principal concorrente do segmento que inaugurou sua primeira loja em Curitiba no ano passado. Uma segunda loja no Paraná, na cidade de Londrina, deve ser lançada no segundo semestre deste ano. Atualmente, são 46 unidades da Petz em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais e Brasília. Em 2016, a rede cresceu 31% na comparação com o ano anterior e faturou R$ 500 milhões.

Kalunga

Já a história da Kalunga começou trinta anos antes da Petz, na Vila Mariana, na zona Sul da capital paulista. Com o tempo, a pequena papelaria foi crescendo e os escritórios se tornaram o principal público-alvo da rede. O catálogo foi ampliado e, além de papelaria, passou a contar com materiais para escritório e itens de informática. Com a entrada dos novos produtos, o estabelecimento foi reformulado e ganhou ares de megaloja. São mais de 10 mil itens à disposição dos clientes espalhados em cada uma das 160 lojas em funcionamento no país.

Em Curitiba, a Kalunga vai inaugurar a sua segunda loja. O investimento foi de R$ 2 milhões, valor que inclui a reforma e o estoque, e foram gerados 27 empregos diretos. A primeira loja da rede foi aberta no Shopping Estação há dez anos e a terceira unidade já está acertada para sair no Shopping Jockey Plaza, no Tarumã, que tem inauguração prevista para 2018.

Segundo o diretor comercial da rede, Hoslei Pimenta, a dificuldade de encontrar um imóvel em uma região bem localizada e com preço atrativo levou a Kalunga a ficar dez anos sem abrir unidades em Curitiba, enquanto manteve ritmo de 20 inaugurações por ano em todo o Brasil. “Queremos ter cinco lojas em Curitiba”, afirma Pimenta, ao comentar que as prospecções na região continuam.

O grupo também tem unidades em Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Londrina, todas em shopping center. Em todo o Brasil, são 160 lojas. No ano passado, a rede cresceu 7,5% ao faturar R$ 2,37 bilhões. Para este ano, a previsão é crescer entre 12% e 15%, incluindo as 21 lojas que serão abertas.

Imóveis deixados pelo Mercadorama começam a ser ocupados

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Unidade do Mercadorama que foi fechada no fim de 2015, em CuritibaMarcelo Andrade/Gazeta do Povo

Os pontos comerciais deixados pelo Mercadorama no fim de 2015 vão, aos poucos, sendo ocupados. Além da inauguração prevista para o imóvel do Seminário, que abrigará unidades da Petz e da Kalunga, a rede paranaense de supermercado Festval adquiriu duas unidades que eram usadas pelo grupo Walmart.

Os antigos Mercadoramas do Bigorrilho e do Centro Cívico viraram, no segundo semestre de 2016, supermercados com a bandeira Festval, que pertence à Companhia Beal de Alimentos, de Cascavel. O grupo também aproveitou o espaço deixado pelo concorrente para ocupar pontos comerciais de grande movimento.

O grupo Walmart deixou, ainda, imóveis localizados nos bairros Tarumã, Novo Mundo e Centro, que eram ocupados por lojas do Mercadorama consideradas ineficientes. O ponto comercial do Tarumã virou um hipermercado da rede Rio Verde.

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