Bancários de todo o Paraná decidiram acabar com a greve que ontem completou 15 dias. Com isso, o atendimento nas agências de todo o estado deve voltar ao normal hoje. Na noite de ontem, em assembléia, os trabalhadores aceitaram a proposta de reajuste salarial feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Em outras regiões do país a decisão foi diferente. A proposta da Caixa Econômica Federal, por exemplo, não foi aceita pelos trabalhadores de São Paulo, que vão manter a paralisação.
A proposta da Fenaban aceita pelos trabalhadores envolve dois índices diferentes. Os bancários que recebem até R$ 2,5 mil terão 10% de reajuste. Quem tem um salário maior deve receber 8,15% de aumento. Inicialmente, a reivindicação dos bancários era um aumento salarial de 13%, sendo 8% de perdas com inflação e 5% de aumento real.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região informou que a proposta aceita se mostrou necessária e que a greve não poderia continuar. Também foram aprovadas as propostas para reivindicações dos funcionários do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O sindicato da categoria confirma que todos os serviços estarão disponíveis nesta quinta-feira.
Ontem, o décimo quinto dia de greve, das 329 agências de Curitiba e região metropolitana, 150 ficaram de portas fechadas, segundo o sindicato da categoria. Além das agências, 12 centros administrativos um do Bradesco, três da Caixa Econômica Federal, quatro do Banco do Brasil e quatro do HSBC não abriram.
Interior
No interior do estado a greve também chegou ao fim. Em Londrina, Norte do Paraná, os bancos devem voltar às atividades normais hoje. O presidente do Sindicato dos Bancários da cidade, Geraldo dos Santos, disse que os trabalhadores concordaram com a proposta da Fenaban e que agências privadas e públicas vão abrir as portas.
Como ocorreu em Curitiba, os sindicatos dos bancários de todo o Paraná realizaram assembléias ao longo desta quarta-feira. Esta semana, a mobilização dos trabalhadores começou a perder força na região Oeste do estado. Em assembléia realizada na manhã da última terça-feira, os trabalhadores de bancos privados das cidades de Foz do Iguaçu, Medianeira e Santa Helena decidiram suspender a paralisação por tempo indeterminado e aguardar no trabalho uma nova proposta da Fenaban.
Ao todo, Foz do Iguaçu e região possuem 16 unidades de bancos privados, que representam 35% das 45 agências da cidade. Até a segunda-feira (20), todas as agências ficaram paralisadas, segundo o Sindicato dos Bancários de Foz do Iguaçu.
Contas e pagamentos
Com a greve dos bancários, a população enfrentou dificuldades para realizar o pagamento de contas. A procura por serviços bancários nas casas lotéricas, por conta dos convênios com a Caixa Econômica Federal e com o Banco do Brasil, lotou os estabelecimentos. Uma outra alternativa para os clientes foi recorrer aos serviços na internet e aos postos de auto-atendimento.
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