Trabalhadores do turno da manhã da fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, aprovaram uma paralisação das atividades por 24 horas, em protesto contra a demissão de 244 trabalhadores.
A decisão foi tomada em assembleia realizada às 6h desta quarta-feira (7). Trabalhadores da fábrica da Volkswagen da cidade também seguem em greve por tempo indeterminado, desde ontem, contra o desligamento de 800 funcionários. Outras fábricas seguem operando normalmente.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC afirmou que os trabalhadores da Mercedes resolveram paralisar as atividades como um "aviso" para a diretoria da fábrica, com quem pretendem conversar ainda hoje sobre as demissões.
Segundo a entidade, todos os funcionários da manhã voltaram para casa após a decisão. Uma nova assembleia está marcada para 14h desta quarta-feira (7), quando trabalhadores do turno da tarde deverão decidir se também paralisam as atividades por 24 horas em protesto contra as demissões.
No caso da greve da fábrica da Volkswagen, o sindicato informou que, até o início da manhã desta quarta-feira, os trabalhadores em greve ainda não tinham conversado com a diretoria da fábrica.
Desde sexta-feira, os 800 trabalhadores foram comunicados das demissões por meio de telegramas informando deveriam procurar o departamento pessoal ontem, quando retornariam ao trabalho após férias coletivas.
A empresa alega ter um excedente de 2 mil trabalhadores, de um total de 13 mil, na unidade de São Bernardo do Campo.
Já a Mercedes-Benz confirmou que fez dispensas, algumas por meio de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), mas não informou números.
A montadora disse ainda que renovou, por cinco meses, os lay-offs ( suspensão temporária dos contratos de trabalho) de cerca de 1 mil trabalhadores da região do grande ABC e de 170 da fábrica da cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
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